Topo

Esse conteúdo é antigo

Pesquisa indica que partido de López Obrador perderá maioria absoluta

17/05/2021 15h54

Cidade do México, 17 mai (EFE).- O Movimento de Regeneração Nacional (Morena), partido do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, perderá a maioria absoluta na Câmara dos Deputados nas eleições de 6 de junho, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal "El País".

Por outro lado, a sondagem realizada pela SIMO Consulting indicou que o partido no poder conseguirá alcançar a maioria na Câmara graças aos parceiros do Partido do Trabalho (PT) e do Partido Verde Ecologista do México (PVEM).

Segundo a pesquisa, o Morena passaria dos atuais 256 lugares para 230, em uma Câmara de 500 deputados, onde a maioria absoluta é de 250.

Por sua vez, o PVEM melhoraria substancialmente seus resultados, passando de 11 deputados para 53, enquanto o Partido do Trabalho cairia de 46 para 32.

Dessa forma, a coligação governamental "Juntos Faremos História" (Morena, PT e PVEM) teria uma confortável maioria de 315 lugares.

Esse resultado seria muito superior aos 175 lugares da coligação de oposição "Vamos por México", formada pelo Partido de Ação Nacional (PAN), o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e o Revolução Democrática (PRD).

Segundo a sondagem, o PAN subiria de 77 lugares para 79, enquanto o PRI assumiria a liderança da oposição, passando de 48 lugares para 82. Já o PRD subiria de 12 para 14.

Por fim, o liberal Movimento Cidadão (MC), não aliado a nenhuma das coligações, passaria de 25 para 10 deputados.

A pesquisa foi realizada com entrevistas presenciais com 2.000 adultos entre os dias 10 e 14 de maio, com uma margem de erro de 3,46% e um nível de confiança de 95%.

No próximo dia 6 de junho, mais de 93 milhões de mexicanos serão convocados às urnas para eleger 500 deputados federais, 15 dos 32 governadores de estado, 30 congressos locais e 1.900 conselhos municipais, naquelas que são consideradas as maiores eleições na história do México.

A campanha vem sendo marcada por incidentes de extrema violência, com pelo menos 80 políticos assassinados, assim como por acusações de compra de votos e intervencionismo eleitoral entre o presidente López Obrador e a oposição.