Após 87 dias presa, Áñez diz que é "prisioneira política" na Bolívia
"Sou acusada de crimes que não cometi. As acusações não se sustentam, eles inventam novos tipos para me manter na prisão e eu me sinto totalmente indefesa. Todos os recursos apresentados são rejeitados", disse Áñez em mensagem divulgada nas redes sociais, ao se declarar uma "prisioneira política" do governo de Luis Arce.
Ela também exigiu "independência de poderes e justiça imparcial" no seu caso e pediu um processo independente, enfatizando que seu estado de saúde piorou.
"Os bolivianos merecem respeito e que o governo não utilize o sistema judicial para vingança política", concluiu.
Na semana passada, Carolina Ribera, filha da ex-presidente interina, compartilhou uma foto nas redes sociais de uma bandeira boliviana feita pela mãe com a palavra "justiça" bordada no meio.
Jeanine Áñez foi detida em 13 de março, na região amazônica de Beni, e depois levada para La Paz em avião militar sob forte guarda policial, juntamente com os seus ex-ministros Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán, que também foram presos.
Áñez e membros do seu gabinete são acusados de "sedição e terrorismo" durante a crise de 2019, após as eleições anuladas que levaram à renúncia de Evo Morales ao cargo de presidente da Bolívia, que o atual governo considera ter sido um "golpe de Estado".
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