Mercosul debate reabertura gradativa de fronteiras entre países-membros
"Sem zonas de fronteira harmoniosas não podemos alcançar uma integração plena e harmoniosa de nossos países em questões sanitárias, produtivas e comerciais", disse Felipe Solá, ministro das Relações Exteriores argentino, país que detém a presidência semestral do Mercosul, também composto por Brasil, Paraguai e Uruguai.
Na inauguração do Fórum de Política Social, que trouxe o tema "Vulnerabilidades em Áreas de Fronteira", Solá disse que "o fechamento de uma fronteira é o oposto do espírito do Mercosul", e apelou para "pensar na recuperação do Mercosul e suas áreas de fronteira de uma forma abrangente".
"Isto requer, entre outras coisas, a articulação de um esquema de vigilância sanitária que permita uma abertura ordenada e gradual das fronteiras terrestres - e conhecidas e divulgadas à população - que simultaneamente garanta a mobilidade humana, o controle sanitário e os cuidados da saúde", frisou.
Desde 2009 está em vigor um acordo entre os países-membros para a livre circulação dos seus cidadãos, o que significa que não são necessários procedimentos de imigração. No entanto, o coronavírus forçou o controle total nas fronteiras.
No fórum - do qual também participaram o diretor-executivo do Instituto Social Mercosul, Juan Miguel González Bibolini, além de especialistas e funcionários especializados dos Estados-membros -, Solá destacou que, por meio do diálogo e da coordenação, os países puderam chegar a acordos para facilitar o retorno de cada residente ao seu local de origem no início da pandemia.
A atividade, organizada pela Chancelaria argentina, procura dar visibilidade aos progressos realizados em matéria política, social e cívica.
"Esses encontros devem nos ajudar a construir novos paradigmas para o período pós-pandêmico, que nos permitam construir novas políticas públicas", disse o ministro do Desenvolvimento Social da Argentina, Daniel Arroyo.
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