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Navios chegam ao Mediterrâneo para maiores manobras russas desde 1991

7.fev.2022 -  O presidente russo, Vladimir Putin; país nega que as manobras militaress representem um prelúdio para invasão da Ucrânia - Thibault Camus/Pool/AFP
7.fev.2022 - O presidente russo, Vladimir Putin; país nega que as manobras militaress representem um prelúdio para invasão da Ucrânia Imagem: Thibault Camus/Pool/AFP

Em Moscou

08/02/2022 02h57

Mais três navios da Frota do Norte chegaram ao mar Mediterrâneo para os maiores exercícios navais da Rússia desde o colapso da União Soviética, em 1991, informou a Marinha do país ontem.

São eles o cruzador de mísseis guiados "Marechal Ustynov", a fragata "Almirante Kasatov" e o contratorpedeiro "Vice-Almirante Kulakov", que cruzaram o Estreito de Gibraltar.

No dia 4, a marinha informou que seis navios de desembarque das frotas do Norte e do Báltico haviam atracado no porto de Tartus, na Síria, onde há uma base naval russa.

Os navios - "Pyotr Morgunov", "Gueorgui Pobedonosets", "Olenegorski Gorniak", "Korolev", "Minsk" e "Kaliningrad" - chegaram a Tartus depois de deixarem o porto de Baltisk, no enclave báltico russo de Kaliningrado.

Três navios da frota do Pacífico - o navio de guerra "Variag", o contratorpedeiro "Admiral Tributs" e o navio-tanque "Boris Butoma" - também chegaram à região pouco tempo antes, após cruzarem o Canal de Suez.

Todos eles vão participar dos exercícios navais liderados pelo chefe do Estado-Maior da Marinha, Nikolai Yevmov.

Além disso, serão realizadas manobras no Mediterrâneo, nos mares do Norte e Okhotsk, no oceano Pacífico e na parte nordeste do Atlântico.

O objetivo das manobras é "a defesa dos interesses nacionais russos nos mares" e também "a luta contra as ameaças militares" ao país, segundo o comunicado.

A Rússia nega que as manobras militares das últimas semanas representem uma "escalada" e um prelúdio para uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar.

No total, os exercícios navais envolverão mais de 140 navios e quase 10.000 soldados, e serão realizados tanto em águas territoriais quanto internacionais. EFE