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Biden irá à Arábia Saudita entre 13 e 16 de julho e se reunirá com Bin Salman

14/06/2022 14h29

Washington/Riad, 14 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará para a Arábia Saudita entre 13 a 16 de julho e onde se reunirá com o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, segundo confirmou nesta terça-feira o governo do país asiático.

A viagem incluirá também uma visita à Israel, a primeira de Biden como chefe de Estado, e à Cisjordânia, de acordo com informações divulgadas pela Casa Branca, em comunicado.

Embora o governo americano não tenha admitido de maneira oficial o encontro entre o presidente e Bin Salman, vários veículos de imprensa dos EUA, como o site "Axios" e a emissora de televisão "NBC" vêm apontando sobre a reunião entre os líderes.

Até hoje, a Casa Branca se negava a confirmar a visita à Arábia Saudita, embora a imprensa local viesse publicando que aconteceria a ida do presidente.

Segundo detalhou a casa real da Arábia Saudita, em 16 de julho, haverá uma reunião entre Biden, o rei do país, Salman bin Abdulaziz Al Saud; o rei da Jordânia, Abdullah II; além dos presidentes do Egito, Abdelfatah al Sisi; e do Iraque, Barham Saleh.

O encontro entre o presidente americano com Mohammad bin Salman, verdadeiro homem-forte da Arábia Saudita, representaria uma mudança na política imposta por Biden desde a chegada ao poder, em janeiro de 2021.

Até então, o chefe de Estado havia descartado ter o príncipe herdeiro como interlocutor, pela suposta responsabilidade na morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

"Durante sua viagem à Arábia Saudita, o presidente discutirá uma série de assuntos bilaterais, regionais e globais", como apoio a uma trégua no Iêmen, a cooperação em matéria econômica, de segurança e climáticos, conforme explicou a porta-voz da Casa Bramca, Karine Jean-Pierre, em comunicado.

A relação entre os dois países enfraqueceu após o assassinato, em 2018, de Khashoggi, no consulado saudita em Istambul, na Turquia.

O jornalista residia nos EUA e era colunista do jornal "The Washington Post". Depois de entrar no prédio da missão diplomática, - onde buscava documentação para poder casar com Hatice Cengiz -, nunca mais saiu.

Em outubro do mesmo ano, o procurador-geral da Turquia, Irfan Fidan, concluiu que, após entrar no consulado, o jornalista foi assassinado por asfixia e teve o corpo desmembrado.

O governo da Arábia Saudita admitiu que agentes do Estado mataram Khashoggi, mas nunca deu informações sobre investigação e julgamento.

Órgãos de inteligência dos EUA concluíram que Bin Salman ordenou o assassinato do jornalista, mas o príncipe herdeiro sempre negou envolvimento com o caso. EFE