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Trump critica que busca foi feita sem aviso e incluiu armários de Melania

11/08/2022 22h50

Washington, 11 ago (EFE).- O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) criticou nesta quinta-feira que a operação de busca realizada em sua residência na Flórida aconteceu sem aviso prévio e também incluiu na inspeção os armários da primeira-dama, Melania.

Em mensagem em sua rede social, Truth Social, Trump declarou que seus advogados e representantes estavam cooperando "totalmente" e que um relacionamento "muito bom" havia sido estabelecido.

"Tudo ia bem, melhor que com a maioria dos presidentes precedentes, e logo, de repente e sem aviso, Mar-a-Lago foi alvo de uma batida, às 6h30 da manhã, por uma quantidade MUITO GRANDE de agentes", escreveu o ex-presidente em sua rede social.

"O governo poderia ter o que queria, se nós tivéssemos", acrescentou, para logo depois repreender os agentes por também revistar os armários de sua esposa, vasculhar suas roupas e itens pessoais e deixá-los depois em "um relativo desastre".

Trump fez essas declarações depois que o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, afirmou à imprensa que ele mesmo autorizou o mandado de busca e que pediu a um tribunal da Flórida que tornasse público tanto esse mandado quanto o inventário do FBI.

Garland lembrou que foi o ex-presidente quem divulgou publicamente a operação.

"Muito do trabalho que fazemos é feito necessariamente longe dos olhos do público. Fazemos isso para proteger os direitos constitucionais de todos os americanos e para preservar a integridade de nossas investigações", declarou.

As autoridades judiciais esclareceram em comunicado que o pedido de desclassificação do mandado de busca é feito em resposta à atenção midiática gerada após a declaração pública de Trump.

Embora o ex-presidente republicano tenha criticado nesta quinta-feira que a operação ocorreu sem aviso prévio, meios de comunicação como o jornal "The New York Times" publicaram que ele já havia recebido uma intimação há alguns meses para devolver documentos que a polícia suspeitava estar em sua posse. EFE