Facções criminosas de quatro países disputam território na Amazônia

Esta é a versão online da newsletter Pra Começar o Dia enviada hoje (01). Quer receber antes o boletim e diretamente no seu email? Clique aqui. Os assinantes UOL ainda podem receber dez newsletters exclusivas toda semana.

********

Acre, Amazônia, Maranhão e Roraima na mira de traficantes. A Cartografia da Violência na Amazônia, estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na quinta (30), trouxe notícias aterradoras sobre o fortalecimento do crime organizado na região. Narcotraficantes se infiltram em pequenas e grandes cidades, no garimpo e em aldeias indígenas, fazendo dispararem as taxas de homicídio. As facções criminosas são brasileiras e estrangeiras, estas vindas de quatro países vizinhos, disputando território e lucro com a venda de drogas e de armas, entre outros crimes como lavagem de dinheiro.

O estudo aponta que há quatro grupos de ex-guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) concentrados no Amazonas. Eles estão na mira das autoridades colombianas, brasileiras e norte-americanas por suspeita de dominar uma rota pelo rio para negociar com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), as duas principais facções brasileiras. Com o origem em São Paulo, o PCC avançou por vários estados no Brasil e tem negócios ilícitos em pelo menos cinco dos nove países que compõem a Amazônia, afirma Renato Sérgio de Lima, diretor do Fórum de Segurança Pública. Leia aqui.

Lula ataca os lucros com as guerras. Em discurso na abertura da COP28, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente Lula atacou as potências econômicas que lucram com as guerras e fracassam em cumprir acordos internacionais, entre eles os propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Enquanto os acordos climáticos são ignorados, disse Lula, o mundo movimenta US$ 2,2 trilhões em negócios com armamentos. Isso, segundo ele, poderia servir para lidar com os problemas da fome e da emergência climática. Leia na coluna de Jamil Chade.

Fim da trégua no Oriente Médio. Apesar dos apelos de autoridades locais e estrangeiras para que a trégua continuasse, Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza nesta sexta (1º), após um cessar-fogo que duraria quatro dias e se prolongou por sete. Houve trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos no período.

A mídia palestina e o Ministério do Interior de Gaza relataram ataques aéreos e de artilharia israelenses em todo o enclave após o término da trégua, inclusive em Rafah, perto da fronteira com o Egito. Em entrevista à CNN, o pai de Emily, uma criança de 9 anos sequestrada pelo Hamas, afirmou que a menina está condicionada a não fazer barulho. Traumatizada, ela imaginou ter ficado um ano inteiro no cativeiro, e não seis semanas. Leia aqui.

Brasil agora preside o G20. Pela primeira vez, o Brasil assume hoje a presidência do G20, mandato com duração de um ano. O grupo G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, desde 2023, a União Africana também.

O governo do presidente Lula estabeleceu três eixos prioritários: combate à fome e desigualdade, desenvolvimento sustentável e reforma na governança global. Para o UOL, o professor Bruno de Conti (Unicamp) analisou os 5 desafios brasileiros no G20.

Deputados ensaiam novas restrições ao STF. Vem aí mais uma disputa de poder entre Supremo Tribunal Federal e o poder legislativo: na terça (5), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados vota um projeto de lei com novas restrições à atuação do tribunal. A relatoria é de Alex Manente, do Cidadania de São Paulo. Carolina Brígido escreve que o projeto restringe a lista de quem pode ajuizar ações no STF que questionam a constitucionalidade de leis.

E por falar na magistratura, é obrigatório se referir a um juiz ou juíza como excelência? Ajuda na conversa, dá sinal de respeito, mas não é obrigatório, pode-se usar "senhor" ou "senhora" também. Conheça as formas de tratamento de autoridades.

Ibovespa chega aos 127.331,12 pontos. Encerrado o mês de novembro, este foi o maior patamar do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo desde 2021. No mês, a alta acumulada foi de 12,54%, um salto e tanto; no ano, a alta ultrapassa 16%.

O cenário internacional ajudou a Bolsa brasileira, e no país o Ibovespa se beneficiou da redução do risco fiscal, com o governo Lula reafirmando a meta de superávit primário para 2024. Leia aqui.

Conheça a saga dos cosplayers na CCXP. É por amor. Fãs de séries, filmes, games e animes gastam tempo e dinheiro por meses para entregar fantasias fiéis aos personagens prediletos. Fernando Monezzi, vestido de Joel de The Last of Us, aprendeu até a caligrafia. "A gente faz tudo. Roupa, maquiagem, lentes de contato. Gasta, mas gasta com amor". Veja em Splash.

E se fazer selfie com o elenco de Duna 2 parece miragem no deserto, pelo menos aquele verme de areia está lá, disponível para fotos no CCXP, no estande da Warner. O evento geek que segue até domingo (3) em São Paulo. Splash selecionou programas que valem a fila: atender o Big Fone, dançar com a Barbie e dublar uma canção "pela sua vida", como se você estivesse competindo em Drag Race Brasil, reality da Paramount cuja primeira temporada terminou recentemente.

Brasil bate o Japão de virada em amistoso. Foram quatro golaços, umas pinturas, da seleção brasileira feminina batendo o Japão por 4 a 3 na Neo Química Arena, em São Paulo, na tarde de quinta (30). O primeiro foi de Bia Zaneratto, em cobrança da falta, de perna esquerda, empatando o jogo. Ela fez mais um, antes de ser substituída por Marta; Gabi Portilho também marcou e a jovem estreante Priscila, artilheira do Internacional, recebeu passe de Debinha e fez o gol da vitória aos 52 minutos do segundo tempo.

Para quem perdeu essa disputa animada de sete gols, domingo tem mais: Brasil e Japão se enfrentam em novo amistoso às 11h, no Morumbi. Veja como foi o jogo.