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Brasil é condenado a pagar R$ 23 mi a quilombolas de Alcântara

CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão - Divulgação/Justiça Global CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão - Divulgação/Justiça Global
CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão Imagem: Divulgação/Justiça Global

Do UOL, em São Paulo

17/03/2025 11h52

A CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos), órgão vinculado à OEA, condenou o governo brasileiro a fazer a reparação de direitos violados de quilombolas de 171 comunidades de Alcântara (MA) que foram impactadas pela construção do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara).

Entre outras coisas, a sentença determina que o Estado brasileiro realize a titulação de 78.105 hectares de territórios e o pagamento de uma indenização de US$ 4 milhões (cerca de R$ 23 milhões) - o valor vai direto para um fundo que representa os quilombolas e deve ser usado em melhorias para os moradores.

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Alcântara é um município de 18 mil habitantes, segundo o Censo 2022, e concentra a maior população quilombola do país: quase 85% das pessoas vivem nas comunidades.

A região foi uma das primeiras do Brasil a receber negros escravizados da África. Às vésperas da independência em 1822, o Maranhão tinha o maior percentual de pessoas escravizadas do Império: em torno de 55%.

Saiba mais na reportagem de Carlos Madeiro.

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"Eu não sou neutra politicamente. Pelo contrário, se essa marca está achando que eu sou, alguma coisa está errada"
Gleisi Damasceno

Desde jovem, Gleici Damasceno esteve envolvida em movimentos políticos, presidiu o Conselho de Igualdade Racial do Acre aos 19 anos e integrou o Conselho Nacional de Juventude. Ela planejava ser vereadora e sonhava em governar o Acre, mas enfrentou barreiras dentro do PT, partido que era afiliada. Hoje atriz e influenciadora, ela conta mais sobre sua trajetória no programa "Acessíveis", comandado por MariMoon e Titi Müller.

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Pra assistir
Estreia hoje a websérie "Viola meu Bem", que aborda a importância do instrumento para o samba chula e o samba de roda do Recôncavo Baiano. Idealizada pelo etnomusicólogo Cassio Nobre, a série tem sete episódios e estará disponível no canal do Youtube da Couraça.

Para ler
A Fundação Santillana lança hoje, no Centro Cultural da UFRGS, a obra "Africanidades brasileiras: o legado de Petronilha Beatriz". O livro reúne nove artigos em tributo à professora doutora, referência na luta pela valorização da cultura afro-brasileira e na promoção da equidade racial na educação. A publicação é organizada pelos pesquisadores Nilma Lino Gomes e André Lázaro. Baixe a versão online.

Para visitar
O Instituto Moreira Salles (IMS) de Poços de Caldas abre, no dia 22 de março (sábado), a exposição Dignidade e Luta: Laudelina de Campos Mello, dedicada à vida e à luta de uma das mais importantes militantes pelos direitos das trabalhadoras domésticas no Brasil. Mais informações aqui.

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