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STF nega pedidos de defesas e valida delação de Cid no 1º dia do julgamento

Reprodução: Gustavo Moreno/STF Reprodução: Gustavo Moreno/STF
Imagem: Reprodução: Gustavo Moreno/STF

Carolina Juliano

26/03/2025 06h01

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começou a analisar ontem a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado. Nas primeiras sessões, o STF rejeitou os pedidos das defesas e validou a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Hoje os ministros irão julgar o mérito da denúncia, ou seja, se os denunciados viram réus. Ao todo, os ministros negaram cinco pedidos preliminares das defesas, que contestaram alguns ritos do processo. Quatro pedidos foram rejeitados por unanimidade e houve divergência em um, sobre a competência do STF para julgar o caso. O ministro Luiz Fux opinou que o caso deveria ser julgado pelo plenário e não pela Primeira Turma. O próximo passo agora é a decisão sobre a aceitação da denúncia. Se ela for aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornam réus e se inicia uma ação penal, que decidirá se os réus são culpados ou não pelos crimes e definirá as penas. Saiba como foi o primeiro dia.

Bolsonaro assiste ao julgamento no STF e só bebe água lacrada. O ex-presidente chegou de surpresa ao Supremo Tribunal Federal momentos antes do início do julgamento da denúncia da PGR. Ele se sentou na primeira fila junto de seus advogados e se manteve em silêncio todo o tempo, vendo os cinco ministros decidirem se vão torná-lo réu. A postura diverge da adotada pela militância bolsonarista, que tem adotado uma narrativa bastante combativa, principalmente nas redes sociais. Segundo a colunista do UOL Thais Bilenky, seu advogado e assessor Fabio Wajngarten chegou a oferecer um copo de água ao ex-presidente, mas ele recusou. Momentos depois, Wajngarten voltou com uma garrafa de água lacrada, e ele aceitou. Leia mais.

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Denúncia deve ser recebida pelos ministros de forma unânime. O julgamento de Bolsonaro recomeça hoje com os votos que vão definir se o ex-presidente e os aliados serão tornados réus e responderão a ação penal. A expectativa no Supremo é que a denúncia seja recebida de forma unânime pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e pelos demais integrantes do colegiado, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Eles irão avaliar se a peça apresentada pela Procuradoria-Geral da República se sustenta o suficiente para ser capaz de fazer os acusados responderem a um processo penal. Saiba como será.

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