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Equador leva à Justiça primeiro caso de crimes contra a humanidade do país

Alexandra Valencia

De Quito

01/10/2013 22h03

Uma juíza do Equador determinou na terça-feira uma ordem de prisão preventiva contra três altos oficiais da reserva por supostos atos de tortura e desaparecimento forçado ocorridos quase três décadas atrás, no primeiro caso de crimes contra a humanidade julgado no país.

A decisão da juíza também inclui prisão domiciliar para sete coronéis e generais.

"A juíza aceitou o pedido de prisão da promotoria. Fixou 90 dias para reunir mais provas e, em seguida, convocar um julgamento criminal", disse um porta-voz da Corte Nacional de Justiça.

As medidas tomadas pela juíza fazem parte de uma etapa de investigação prévia ao início de um julgamento criminal contra os militares aposentados, que pode demorar anos até uma sentença definitiva.

Dois dos acusados estariam fora do país, informou a imprensa local.

Os militares e policiais cujas idades variam entre 58 e 81 anos, são acusados de envolvimento em tortura, desaparecimentos e violência sexual contra três ex-membros de um grupo armado que se autodenomina de esquerda revolucionário.

"Pela primeira vez na história do Equador se julgará um caso desse tipo", disse a promotoria em um comunicado.