Hillary critica Trump por comentários sobre ação contra o Estado Islâmico no Iraque
Por Luciana Lopez
MANCHESTER, Estados Unidos (Reuters) - A candidata democrata a presidente dos Estados Unidos, Hillary Clinton, criticou o seu rival, Donald Trump, nesta segunda-feira por ele ter dito que o esforço iniciado há uma semana para retomar a cidade iraquiana de Mosul do Estado Islâmico estava indo mal.
“Ele está basicamente declarando derrota antes de a batalha ter mesmo começado”, disse Hillary num evento de campanha em New Hampshire. “Ele está mostrando para o mundo o que significa ter um comandante-em-chefe desqualificado.”
Numa mensagem via Twitter no domingo, Trump, candidato republicano para as eleições presidenciais de 8 de novembro, afirmou que o “ataque em Mosul está se mostrando um desastre total. Nós demos a eles meses de aviso. Os EUA estão parecendo tão tolos”.
As forças iraquianas e curdas, apoiadas pelos EUA, prepararam um grande ataque na área em volta da cidade que é o último reduto das forças do Estado Islâmico no Iraque. Eles retomaram cerca de 80 vilas e cidades do Estado Islâmico desde que a ação foi iniciada em 16 de outubro, mas ainda não avançaram para a cidade em si.
A operação pode levar semanas ou mesmo meses. O Estado Islâmico nesta segunda-feira preparou contra-ataques pelo país contra forças iraquianas e curdas, tentando desviar a atenção da campanha em Mosul.
Com pouco mais de duas semanas antes da eleição, a ex-secretária de Estado Hillary está na frente do empresário de Nova York nas pesquisas nacionais. Os dois candidatos estão priorizando um pequeno grupo de Estados onde a disputa é apertada e onde a eleição pode ser decidida. Enquanto Hillary fez campanha em New Hampshire nesta segunda, Trump passou o dia na Flórida.
Buscando consolidar a sua grande vantagem no eleitorado feminino, Hillary chamou a ajuda da entusiasmada senadora Elizabeth Warren, que criticou Trump por causa das alegações de que ele tentou tocar e beijar várias mulheres durante um período de 20 anos.
“Ele acha que por ter um bocado de Tic Tacs ele pode se impor sobre qualquer mulher e se aproximar a uma distância de toque”, afirmou a senadora a 4.000 pessoas em Manchester. “Bem, eu tenho uma novidade para você, Donald Trump. As mulheres estão cheias de caras como você.”
Pelo menos dez mulheres já disseram que Trump as assediou sexualmente, inclusive com beijos e toques, em ocasiões que teriam ocorrido do início dos anos 1980 até 2007, segundo reportagens de vários meios de comunicação. Trump nega as alegações, as chamando de “totalmente e absolutamente falsas”, e prometeu no sábado processar as acusadoras.
A referência da senadora às balas de menta diz respeito a um momento do vídeo de 2005 que apareceu neste mês no qual Trump é ouvido se vangloriando em relação a tocar e beijar mulheres.
TRUMP CONTESTA PESQUISAS
Num evento para produtores rurais em Boynton Beach, na Flórida, Trump contestou as várias pesquisas nas quais ele aparece perdendo para Hillary e acusou a imprensa de distorcer os resultados dos levantamentos para desencorajar os seus simpatizantes de votar.
“Eu acredito que nós estamos na verdade vencendo”, afirmou ele.
No dia anterior, Kellyanne Conway, coordenadora de campanha de Trump, havia reconhecido que o candidato estava atrás na corrida, numa entrevista de TV.
De acordo com pesquisa da Reuters/Ipsos sobre o voto nos Estados mais disputados, Hillary está na frente de Trump na maior parte dos Estados que Trump precisa ganhar para conseguir reunir o mínimo de 270 votos no Colégio Eleitoral e conquistar a Casa Branca.
De acordo com a pesquisa, ela teria uma chance maior do que 95 por cento de ganhar, se a eleição fosse nesta semana.
(Reportagem adicional de Steve Holland na Flórida)
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