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Ministra polonesa acusa Facebook por censura a símbolo de extrema direita

07/11/2016 17h27

VARSÓVIA (Reuters) - A ministra de Economia Digital da Polônia acusou o Facebook de censura nesta segunda-feira, após a empresa suspender o perfil de alguns usuários pelo uso de um símbolo de extrema direita pouco conhecido.

O símbolo da Falanga, que mostra uma mão estilizada segurando uma espada, foi usado por um grupo nacionalista proibido nos anos 1930, mas é legal na Polônia e em outros países. Ele agora serve como logo do grupo polonês de extrema-direita chamado ONR.

A discussão aconteceu após uma disputa global mais ampla envolvendo os padrões de remoção de conteúdo do Facebook. Setenta grupos de ativistas pediram à empresa em uma carta no mês passado que esclareça suas políticas internas, as quais o Facebook disse que iria revisar.

A controvérsia polonesa começou quando a rede social bloqueou uma página usada por nacionalistas para uma marcha. No mês passado, a rede social também removeu uma série de posts de usuários com a imagem da marcha que continha a Falanga, explicando que considera o símbolo historicamente relacionado ao discurso de ódio.

O Facebook "com certeza violou a regra de não usar censura prévia, o que é uma regra constitucional e pode ser limitada apenas por atos da lei", disse a ministra Digital Anna Strezynska à Radio Zet.

Após protestos de usuário, o Facebook republicou a página da marcha do Dia da Independência e permitiu postagens, incluindo a do pôster com a Falanga, revertendo sua decisão anterior.

(Por Marcin Goettig)