Forças do Iraque dizem ter matado quase mil combatentes do Estado Islâmico em Mosul
Por Patrick Markey e Ulf Laessing
BARTELLA, Iraque (Reuters) - As forças especiais do Iraque que lutam para afastar o Estado Islâmico do leste de Mosul mataram quase mil militantes, mas os combates diminuíram porque os soldados se depararam com um inimigo em movimento e escondido entre os milhares de civis da cidade, disse um dos principais comandantes das forças.
Já na sexta semana de uma grande ofensiva, as forças iraquianas capturaram quase metade do leste de Mosul, seguindo de bairro em bairro atrás de franco-atiradores, homens-bomba e carros-bomba dos jihadistas.
Tropas de elite do Iraque, conhecidas como a "Divisão Dourada", são as únicas brigadas que entraram em Mosul pelo leste, e o Exército do país, a Polícia Federal e unidades curdas peshmerga cercaram a cidade pelo norte e pelo sul. Milícias xiitas estão tentando completar o cerco pelo oeste.
O Serviço de Contraterrorismo, treinado pelos Estados Unidos, rompeu as defesas do Estado Islâmico no final de outubro, mas vem sendo refreado pelas táticas móveis dos extremistas, e a preocupação com as baixas civis está evitando o uso de tanques e de blindagem pesada.
O major-general Abdul Ghani al-Asadi, um dos comandantes das forças especiais, disse que as tropas adaptaram suas táticas, cercando um bairro por vez para cortar os suprimentos dos militantes e proteger os civis.
"O progresso foi mais rápido no início. A razão é que antes estávamos operando em áreas sem moradores", explicou Asadi à Reuters em Bartella, nos arredores de Mosul.
"Chegamos a bairro povoados. Então como protegemos os civis? Interditamos um bairro após o outro".
Ele disse que, até agora, cerca de 990 militantes foram mortos durante a luta no leste, mas não quis dizer quantas baixas houve entre as forças especiais do governo.
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