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Óleo de xisto dos EUA se torna uma ameaça maior para a Opep após a guerra de preços

30/11/2016 16h52

NOVA YORK/HOUSTON (Reuters) - Em um canto da produtiva bacia de xisto de Bakken, em Dakota do Norte, petroleiras podem agora bombear petróleo em um custo quase tão baixo quanto aquele desfrutado pelos gigantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Irã e Iraque.

Até alguns anos atrás, não era rentável produzir óleo a partir do xisto nos Estados Unidos. Mas o acentuado declínio nos custos fez com que operadores de xisto dos EUA se preparassem para capitalizar com a decisão de quarta-feira da Opep de reduzir a produção pela primeira vez em oito anos.[nL1N1DV139]

De fato, mesmo com a Opep decidindo reduzir a produção para tentar elevar os preços, isso pode acabar sendo enfraquecido por um possível aumento na produção dos EUA.

Em campos de xisto do Texas à Dakota do Norte, os custos de produção caíram pela metade desde 2014, quando a Arábia Saudita sinalizou uma guerra de preços em uma tentativa para tirar do mercado produtores de xisto de custo mais alto.

Ao invés de matar a indústria de xisto dos EUA, a subsequente guerra de preços tornou o xisto um rival ainda mais forte, mesmo no atual cenário de baixos preços.

Em Dunn County, Dakota do Norte, há cerca de 5.180 quilômetros quadrados onde o custo para produzir xisto de Bakken é de 15 dólares por barril e está caindo, segundo Lynn Helms, chefe do Departamento de Recursos Minerais do Estado.

O custo de produção em Dunn County é quase o mesmo que o do Irã e um pouco acima do custo do Iraque. O condado produz cerca de 200 mil barris de petróleo por dia, cerca de um quinto da produção diária do Estado.

É o melhor lugar possível porque possui os custos mais baixos do Estado, porém a tecnologia aprimorada e técnicas de perfuração aumentaram a eficiência para o Estado todo e para toda a indústria de petróleo nos EUA.

(Por Catherine Ngai e Ernest Scheyder; reportagem adicional de Lewis Krauskopf)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765))

    REUTERS LM RBS