Conab estima safra recorde de café do Brasil em 2016
SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou nesta quinta-feira sua previsão para a safra brasileira de café de 2016 para volume recorde, com aumento nas perspectivas de produtividade da variedade arábica que superou a redução no rendimento das lavouras de robusta.
A safra nacional foi estimada em 51,37 milhões de sacas, ante 49,64 milhões do relatório de setembro e bem acima da colheita de 2015, calculada em 43,24 milhões de sacas.
O volume previsto ficou acima do recorde anual anterior, registrado em 2012, de 50,83 milhões de sacas.
"As condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ciclo de bienalidade positiva, favorecem as lavouras e justificam os ganhos de produtividade na maioria dos Estados", informou a Conab, referindo-se aos avanços em relação à safra de 2015.
A colheita de grãos de arábica foi projetada em 43,38 milhões de sacas, alta de cerca de 2 milhões de sacas ante o relatório de setembro.
Os maiores ajustes positivos ocorreram nas previsões para Minas Gerais, principal Estado produtor de café do Brasil, onde a projeção de safra aumentou em 1,8 milhão de sacas.
"Alavancada pela alta produção das principais regiões produtoras, como o Sul de Minas e o Cerrado, a safra 2016 se apresenta como uma safra recorde em Minas Gerais", informou a Conab. "A manutenção dos preços de comercialização em patamares remuneradores contribuiu para a adoção de melhores tratos culturais, e as condições climáticas foram favoráveis ao bom desenvolvimento dos grãos na maior parte das lavouras do parque cafeeiro do Estado".
A entidade ressaltou, no entanto, que as expectativas para a safra 2017 em Minas Gerais é de redução significativa na produção devido à baixa bienalidade das lavouras nas regiões Sul e Cerrado Mineiro e ao aumento significativo no percentual de podas naquelas lavouras mais depauperadas, que apresentaram elevada carga produtiva na safra atual.
ROBUSTA
A safra de café robusta do Brasil em 2016 deverá despencar para 7,99 milhões de sacas, ante 8,35 milhões na previsão de setembro e 11,19 milhões em 2015, principalmente por problemas climáticos no Espírito Santo, principal produtor da variedade.
A previsão de colheita de robusta no Espírito Santo em 2016 foi reduzida em 345 mil sacas.
"A condições climáticas muito adversas, principalmente nesses dois últimos anos, jamais vistas na cafeicultura do conilon (robusta)... promoveram danos muitos significativos nas lavouras, com interferência muito expressivas nas produções e na qualidade nos anos de 2015 e 2016, podendo se estender para 2017", destacou a Conab.
(Por Gustavo Bonato)
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