Merkel diz que tem "bom relacionamento" com o Trump, apesar do começo gelado
Por Erik Kirschbaum
BERLIM (Reuters) - A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou no sábado que ela e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, construíram uma "boa relação de trabalho", apesar de algumas farpas trocadas no ano passado, que aumentaram os temores de danos à parceria entre os dois países.
"O presidente Trump e eu desenvolvemos uma boa relação de trabalho, o que não descarta ter pontos de vista diferentes", disse Merkel ao grupo de jornais RedaktionsNetzwerk Deutschland (RND).
"Quando falamos um com o outro, por exemplo, tratamos de desenvolver uma estratégia comum para o conflito na Ucrânia ou para a horrível guerra na Síria. É também sobre a luta contra o terrorismo ou a desastrosa situação humanitária no Iêmen - todos estes conflitos estão às portas da Europa."
"Se quisermos resolver esses problemas, se quisermos ajudar as pessoas, precisamos de um forte envolvimento dos Estados Unidos", disse Merkel.
Em sua campanha eleitoral de 2016, Trump menosprezou Merkel por permitir que mais de um milhão de refugiados da Síria, do Oriente Médio e do Afeganistão entrassem em seu país, dizendo que ela estava "arruinando a Alemanha" com essas políticas. Ele também criticou o grande superávit comercial da Alemanha e ameaçou impor tarifas aduaneiras.
Depois que Trump ganhou a eleição, Merkel o felicitou, mas ressaltou a importância da democracia e a necessidade de respeitar a dignidade das pessoas, independentemente de sua origem, cor da pele, religião, gênero, orientação sexual ou opiniões políticas.
Merkel encontrou-se com Trump pela primeira vez em março - um encontro acompanhado de perto por governos ao redor do mundo para pistas sobre a aliança transatlântica que ajudou a moldar a ordem global do pós-guerra. Trump e Merkel apertaram as mãos quando ela chegou à Casa Branca, mas não o fizeram no Salão Oval.
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