Jucá diz ser "prematuro" comentar acusações contra Temer e não vê prejuízo a reformas
O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB e líder do governo no Senado, afirmou na noite desta quarta-feira que é "prematuro" tecer comentários sobre a delação feita por Joesley Batista, presidente da JBS, e revelada nesta noite pelo jornal O Globo.
Em depoimento à PGR (Procuradoria Geral da República) ainda não homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o empresário afirmou que recebeu aval do presidente Michel Temer para manter o pagamento de uma mesada a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o ex-deputado ficasse em silêncio na cadeia. Ele está preso em Curitiba.
"É prematuro qualquer comentário sobre qualquer coisa de investigação, porque eu não conheço os autos, não sei do que se trata, não se sabe que tipo de fita é essa, que tipo de perícia, então não dá para comentar algo que a gente não sabe o que é, no escuro", afirmou Jucá, referindo-se ao áudio que, conforme revelou O Globo, Joesley teria gravado com Temer.
"Considero que é uma denúncia de tantas que estão sendo publicadas de delações às dezenas. A consequência política é um embate político. Você está dizendo que a oposição está querendo fazer um pedido de impeachment. É uma discussão a ser feita", disse o senador.
Na avaliação de Jucá, as denúncias contra Temer não afetarão o andamento, no Congresso, das discussões e votações das reformas propostas pelo governo Temer.
"As reformas serão votadas porque são uma prioridade do país. A questão é focar na recuperação do Brasil. A reforma trabalhista está caminhando bem aqui bem no Senado, a reforma da Previdência está evoluindo também. Portanto o cronograma das reformas continua."
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