Deslizamento em vilarejo na China mata 6 e deixa mais de 100 desaparecidos
PEQUIM (Reuters) - Mais de 100 chineses podem ter morrido neste sábado, 17 horas após um deslizamento de terra enterrar suas casas no sudoeste da China, enquanto equipes de resgate já encontraram seis corpos, de acordo com a mídia estatal.
O deslizamento varreu 46 casas por volta das 6 horas da manhã na cidade de Xinmo, no condado de Maoxian, área montanhosa remota no norte de Sichuan, próximo à fronteira com o Tibete, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
A Xinhua afirmou que o número estimado de pessoas desaparecidas é de 112, fornecido por autoridades locais. A estimativa inicial era de 141 desaparecidos.
O deslizamento bloqueou um trecho de dois quilômetros de um rio próximo e 1,6 quilômetros de estrada, de acordo com a agência oficial.
Reportagens da televisão estatal mostraram residentes e equipes de resgate revirando lama e pedras que caíram das montanhas. A agência Xinhua afirmou que haviam 400 pessoas envolvidas nos esforços de resgate e 6 ambulâncias no local, além de outras a caminho.
Imagens de TV mostraram água e lama correndo no local, submergindo um carro da estrada, enquanto polícia e residentes puxavam cordas para tentar remover grandes pedras.
A polícia fechou estradas no condado para todo o tráfego exceto dos serviços emergenciais, segundo a agência.
Há uma extensiva rede de barragens na região, incluindo duas plantas hidrelétricas em Diexi, cidade próxima do vilarejo.
Um pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais Chengdu, instituto apoiado pelo Estado, disse à China Radio International que fortes chuvas são a causa provável do deslizamento. O pesquisador, cujo nome não foi divulgado, também alertou para o risco de uma barragem entrar em colapso, colocando comunidades em mais riscos.
A área é propensa a terremotos, incluindo um em 1933 que resultou em partes da cidade de Diexi ficando submersas por um rio próximo e um tremor de magnitude 8 no condado central de Sicchuan, Wenchuan, em 2008, que matou quase 70 mil pessoas.
(Reportagem de Christian Shepherd)
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