Dezenas de milhares fugiram da violência na República do Congo
Por Christian Elion
BRAZAVILE (Reuters) - Mais de 80 mil pessoas fugiram de suas casas na província de Pool, perto da capital da República do Congo, desde que o governo iniciou uma operação militar em 2016, afirmou um comunicado das Nações Unidas em conjunto com o governo.
A campanha, que envolve bombardeios aéreos ocasionais, tem como objetivo conter o que o governo diz ser uma rebelião liderada pelo pastor Ntumi, inimigo do presidente Denis Sassou Nguesso da guerra civil de 1997.
Embora seja difícil confirmar o número de mortos e o impacto sobre os residentes, qualquer evidência clara de violência crescente pode ser prejudicial para o Partido Congolês dos Trabalhadores, de Nguesso, antes das eleições legislativas no próximo mês.
As Nações Unidas buscam cerca de 20 milhões de dólares em fundos de emergência para dar assistência humanitária à província, após encontrar sinais generalizados de desnutrição em uma visita recente, afirma o comunicado.
Muitos dos deslocados permanecem além do alcance da ajuda humanitária, acrescentou.
"Em zonas não acessíveis há motivos para temer uma situação ainda mais complicada à medida que o número de (desalojados) continua a crescer e as condições de vida pioram cada vez mais".
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