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Em novo revés para Trump, segundo projeto de reforma da saúde afunda no Congresso dos EUA

18/07/2017 08h54

Por Richard Cowan e Yasmeen Abutaleb

WASHINGTON (Reuters) - Uma segunda tentativa dos parlamentares republicanos dos Estados Unidos de aprovar um projeto de lei no Senado para reformar o sistema de saúde fracassou na noite de segunda-feira, provocando uma crise dentro do partido e levando o presidente Donald Trump a cobrar a revogação definitiva do Obamacare.

"Lamentavelmente parece agora que o esforço para repelir e substituir imediatamente o fracasso do Obamacare não será bem sucedido", disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, em comunicado.

Dois senadores do partido anunciaram que não apoiariam a última versão da legislação do líder republicado para revogar partes da lei histórica de sistema de saúde do ex-presidente Barack Obama, de 2010, e substituí-la com novas cláusulas de saúde menos custosas.

Com os senadores republicanos Mike Lee e Jerry Moran se juntando aos senadores Susan Collins e Rand Paul na oposição ao projeto de lei --e ante uma sólida parede de oposição dos democratas-- McConnel não tem mais os votos necessários para passar o projeto de lei republicano sobre o sistema de saúde no Senado, que totaliza 100 membros.

Foi a mais recente de uma série de reveses para os republicanos sobre a reforma da saúde, apesar de seu controle em ambas as casas do Congresso e da Casa Branca.

Também ocorreu após sete anos seguidos prometendo a seus eleitores que revogariam o Obamacare caso controlassem o Congresso e a Casa Branca, apenas para descobrir que o público gosta mais do Obamacare do que das substituições propostas pelos republicanos, de acordo com pesquisas de opinião.

O último contratempo foi um grande golpe político para Trump, que não venceu nenhuma grande iniciativa legislativa nos primeiros seis meses de sua presidência.

Em resposta, Trump afirmou em sua conta do Twitter que o Congresso deveria revogar imediatamente o Obamacare e "começar do zero" um novo plano de sistema de saúde. Ele disse que os democratas se uniriam a tais esforços, ainda que eles tenham recusado participar da revogação do Obamacare.

(Por Richard Cowan; Reportagem adicional de Susan Cornwell, Steve Holland e James Oliphant)