Rússia é culpada por "guerra quente" na Ucrânia, diz enviado especial dos EUA
KIEV (Reuters) - A agressão russa é culpada pela violência no leste da Ucrânia, onde as pessoas estão morrendo no que deve ser visto como uma "guerra quente" ao invés de um "conflito frio", disse o enviado especial dos Estados Unidos para negociações de paz na Ucrânia neste domingo.
Kurt Volker, ex-embaixador dos Estados Unidos na Otan, foi nomeado para seu papel atual no dia 7 de julho para ajudar a resolver o conflito entre tropas ucranianas e separatistas pró-russa, que matou mais de 10 mil pessoas desde 2014.
Washington cita o conflito como um obstáculo fundamental para melhores relações com a Rússia.
Em uma visita à cidade ocupada da Ucrânia Kramatorsk, a 690 km a sudeste de Kiev, Volker disse que vai preparar um conjunto de recomendações sobre como Washington pode se envolver melhor com o processo de paz.
"Este não é um conflito frio, esta é uma guerra quente, e é uma crise imediata que todos precisamos abordar o mais rápido possível", disse ele.
As relações entre a Ucrânia e a Rússia entraram em queda livre após a anexação de Crimea por Moscou em 2014 e o surgimento subsequente de uma insurgência pró-russa na região oriental de Donbass.
Ucrânia acusa a Rússia de enviar seus próprios soldados e equipamentos militares, o que Moscou nega.
Volker respondeu afirmativamente quando perguntado se ele via o conflito como sendo resultado da agressão russa ao invés de ser causada por fatores internos ucranianos.
"Nós vimos o que aconteceu, entendemos a forma como este conflito começou, entendemos a maneira como está sendo gerenciado hoje e é por isso que é importante que os Estados Unidos se tornem mais comprometidos."
A luta na região de Donbass matou 12 pessoas em uma semana particularmente sangrenta, levando a Alemanha e a França a solicitar o progresso imediato na implementação de acordos de cessar-fogo assinados na Bielorrússia em 2015 que são regularmente desrespeitados.
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