Estatal YPBF quer vender gás natural da Bolívia diretamente para o Brasil
Por Alexandra Alper
SANTA CRUZ, Bolívia (Reuters) - A YPBF está cogitando entrar no mercado varejista de distribuição de gás natural do Brasil, que está abrindo o setor à competição, disse um executivo da estatal boliviana de gás na sexta-feira.
A Petrobras pretende limitar suas operações de transporte de gás natural e vender ativos como oleodutos na tentativa de reduzir o fardo da maior dívida de qualquer empresa de energia do mundo.
"À medida que a Petrobras deixar de ser a principal força nas vendas de gás, obviamente lutaremos para chegar ao consumidor final", disse o diretor-executivo da YPBF, Javier Barriga, nos bastidores de uma cúpula de países exportadores de gás realizada em Santa Cruz, na Bolívia.
"Não iremos só vender, e tentar vender, para vários clientes; a YPFB se estabelecerá no Brasil para poder vender diretamente também", acrescentou.
A Bolívia acredita que poderia vender até 45 milhões de metros cúbicos por dia no Brasil, afirmou Barriga.
O aumento da produção da commodity em solo brasileiro significa que a Petrobras, que atualmente compra gás da Bolívia e o distribui através de sua própria rede, não está usando tanto quanto poderia nos termos do contrato que tem com La Paz.
Mas este contrato, que vence em 2019, está sendo renegociado há seis meses, disse Barriga, acrescentando que a Petrobras tem até o final do ano para declarar seu interesse em renová-lo.
"Este será o momento em que tomamos decisões sobre que volume irá para a Petrobras e qual irá para os novos clientes".
Mas a YPFB, fornecedora de longa data do Brasil, viu suas reservas diminuírem em 57 por cento ao longo da última década, o que despertou dúvidas sobre sua capacidade de intensificar seu suprimento para o Brasil.
(Reportagem adicional de Marta Nogueira)
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