Ex-premiê do Haiti é proibido de viajar durante investigação sobre corrupção
Por Joseph Guyler Delva
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Autoridades do Haiti disseram na terça-feira que um ex-primeiro-ministro e um funcionário de primeiro escalão foram proibidos de deixar o país enquanto procuradores realizam uma investigação de corrupção durante a qual 12 pessoas, incluindo funcionários do governo, foram presas.
O ex-premiê Jean-Max Bellerive, que serviu entre 2009 e 2011, e o ex- ministro da Justiça Camille Edouard Jr., que serviu em 2016, não podem viajar ao exterior durante o inquérito sobre acusações relacionadas a corrupção, disse o procurador haitiano Clame-Ocnam Dameus.
Bellerive, que foi premiê durante a época de um terremoto catastrófico, recebeu a ordem de permanecer no Haiti de um juiz que investiga o desaparecimento de uma autoridade de licitações públicas em 2009 e a morte de um gerente de construção supostamente ligado ao caso em 2012.
Bellerive negou qualquer conexão com qualquer um dos incidentes e com outros atos de corrupção.
"Acredito que tudo isto é parte de um linchamento político", disse ele à Reuters. "Ninguém consegue me mostrar onde me enriqueci ou adquiri propriedades de maneira injustificada."
A corrupção assola o Haiti há gerações, e o presidente Jovenel Moise prometeu combatê-la como forma de melhorar o desenvolvimento social e econômico do país.
Dameus disse que Edouard pode ser acusado de lavagem de dinheiro e malversação de fundos públicos e de propriedades.
Edouard não respondeu a um pedido de comentário.
As doze outras pessoas presas entre novembro e dezembro, um grupo composto principalmente de funcionários governamentais, enfrentam acusações de corrupção que incluem malversação de fundos públicos, explicou Dameus.
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