Papa condena "mal" de notícias falsas e seu uso para ganhos políticos
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco condenou nesta quarta-feira o "mal" das notícias falsas, dizendo que jornalistas e usuários de redes sociais devem rejeitar e desmascarar "táticas de serpente" manipuladoras que fomentam a divisão para servir a interesses políticos e econômicos.
"Notícias falsas são um sinal de atitudes intolerantes e hipersensíveis e levam apenas a difusão de arrogância e ódio. Esse é o resultado final da mentira", disse Francisco, no primeiro documento do papa sobre o assunto.
A declaração foi emitida após meses de debate sobre o quanto notícias falsas podem ter influenciado a campanha presidencial dos Estados Unidos em 2016 e a eleição do presidente norte-americano, Donald Trump.
O documento, chamado "A verdade irá libertá-lo --notícias falsas e jornalismo para a paz", foi emitido em antecipação ao Dia Mundial das Comunicações Sociais da Igreja Católica, em 13 de maio.
"Difundir notícias falsas pode servir para atingir objetivos específicos, influenciar decisões políticas e servir a interesses econômicos", escreveu o papa, condenando o "uso manipulativo de redes sociais" e outras formas de comunicação.
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