Trump ameaça cortar auxílio para países que não impedem entrada de imigrantes de gangue MS-13
Por Steve Holland
BETHPAGE, N.Y. (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta quarta-feira que está trabalhando em um plano para reduzir auxílio norte-americano para países que diz não estarem fazendo nada para impedir membros da gangue MS-13 de cruzarem ilegalmente para os EUA.
"Nós estamos olhando toda nossa estrutura de auxílio. Ela será alterada radicalmente", disse Trump em mesa redonda sobre a ameaça apresentada pela gangue.
A MS-13, ou Mara Salvatrucha, foi fundada em Los Angeles na década de 1980 em parte para proteger imigrantes de El Salvador e desde então se tornou uma organização criminosa transfronteiriça.
Trump tornou a luta contra a gangue uma grande parte de seu esforço para conter o fluxo de imigrantes que entram ilegalmente nos Estados Unidos.
Na semana passada, ele chamou membros da gangue de "animais", gerando críticas de democratas. Nesta quarta-feira, ele defendeu sua descrição.
"Eu os chamei de 'animais' no outro dia e fui recebido com críticas", disse Trump. "Eles disseram: 'são pessoas'. Eles não são pessoas. Eles são animais", disse.
Trump foi acompanhado no evento pelo vice-secretário de Justiça dos EUA, Rod Rosenstein, que recebeu críticas do presidente pela maneira que lidou com uma investigação federal sobre interferência russa na campanha presidencial de 2016.
Rosenstein disse que membros da MS-13 estão se aproveitando de crianças desacompanhadas que cruzam ilegalmente para os Estados Unidos, das quais a maioria deve ser libertada de custódia.
"Algumas desenvolvem laços com gangues", disse Rosenstein.
(Reportagem adicional de Reade Levinson)
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