Eleitores irlandeses devem abrandar leis de aborto por maioria, segundo boca de urna
Por Padraic Halpin e Graham Fahy
DUBLIN (Reuters) - A população da Irlanda deve abrandar por maioria dos votos algumas das leis mais restritivas de aborto, indicou nesta sexta-feira uma pesquisa boca de urna, à medida que eleitores exigem mudanças no país que há duas décadas era um dos mais socialmente conservadores da Europa.
A pesquisa boca de urna do Irish Times/Ipsos MRBI sugeriu que eleitores no país de passado profundamente católico tinham apoiado um referendo por margem de 69 por cento a 31 por cento.
"Não é o resultado oficial, mas parece bom", disse a ministra da Cultura irlandesa, Josepha Madigan, coordenadora da campanha "Yes" do partido governante do primeiro-ministro Leo Varadkar.
O comparecimento pode ser um dos mais altos para um referendo, relatou a emissora nacional RTE, possivelmente superando os 61 por cento que apoiaram casamento homossexual por uma grande margem em 2015, à medida que eleitores formaram filas do lado de fora de locais de voto durante o dia ensolarado.
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, que é a favor de mudança e chamou o referendo de uma chance única, disse mais cedo nesta sexta-feira que está "tranquilamente confiante" de que o alto comparecimento é um bom sinal.
A apuração dos votos começa às 5h de sábado, com o primeiro indício de resultados esperado para o meio da manhã.
Eleitores foram perguntados se desejam desfazer uma emenda de 1983 à Constituição que dá a um nascituro e sua mãe direitos iguais à vida. A proibição consequente do aborto foi parcialmente suspensa em 2013 para casos em que a vida da mãe corre perigo.
A Irlanda legalizou o divórcio por uma pequena maioria somente em 1995, mas se tornou o primeiro país a adotar casamento homossexual por voto popular em um referendo de 2015.
Mas nenhuma questão social tem dividido a população de 4,8 milhões de pessoas tanto quanto o aborto, que foi colocado na agenda política após a morte em 2012 de uma imigrante indiana de 31 anos em decorrência de um aborto espontâneo séptico após ela ter uma terminação negada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.