Temer aciona forças federais de segurança e diz que acordo com caminhoneiros deve ser cumprido
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira que acionou um plano de segurança que inclui o uso de tropas federais para desbloquear estradas em meio a protestos de caminhoneiros em 24 Estados e no Distrito Federal e pediu aos governadores dos Estados que também mobilizem as polícias locais para garantir a livre circulação.
"Vamos iniciar o plano de segurança. Acionei as forças federais de seguranças para desbloquear as estradas", disse Temer.
As Forças Armadas participarão do plano de segurança anunciado por Temer, assim como a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares locais, disse uma fonte do governo, que pediu anonimato.
Os militares poderão dirigir os caminhões para retirá-los das estradas, segundo a fonte, e inicialmente a prioridade será garantir o abastecimento de combustíveis a duas usinas termelétricas na Região Norte e aeroportos. Deve ser editado decreto ainda nesta sexta-feira para formalizar a ação.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente disse que o governo atendeu a 12 reivindicações de representantes dos caminhoneiros na véspera, em troca da suspensão da greve por 15 dias. O presidente disse que o melhor caminho é o cumprimento deste acordo e que o governo terá coragem de usar sua autoridade em favor do povo.
"Nós acordamos a redução do preço do diesel, a estabilidade no preço, a eliminação da Cide, o transporte de parte das cargas da Conab. Atendemos reivindicações prioritárias, se comprometeram a paralisar a manifestação. Esse foi o compromisso", disse Temer.
O presidente disse ainda que "uma minoria, levou adiante o bloqueio e impede que outros caminhoneiros cumpram o acordo".
A paralisação dos caminhoneiros, que protestam desde segunda-feira contra a alta no preço do óleo diesel, tem levado ao desabastecimento em várias cidades do país e afetado a produção em diversos setores da economia. Postos ficaram sem combustíveis, o que fez com que o tráfego em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, fosse reduzido significativamente no horário de pico da manhã desta sexta.
Os protestos permaneceram nesta sexta-feira mesmo após o governo federal e representantes da categoria anunciarem na noite de quinta, após sete horas de reunião, um acordo que previa o congelamento do preço do diesel nos níveis anunciados pela Petrobras
(Reportagem de Leonardo Goy)
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