Lava atinge poço potencialmente explosivo em usina geotérmica no Havaí
A lava que emerge do vulcão Kilauea, no Havaí, cobriu um poço potencialmente explosivo de uma usina geotérmica e ameaça outro depois de invadir o local, disseram autoridades.
A Agência de Defesa Civil do Havaí disse que os poços "estão estáveis e seguros", e o governador do Estado norte-americano, David Ige, disse que a usina está "suficientemente protegida" da lava que varreu quintais e ruas e destruiu dezenas de casas.
Entretanto, lava nunca cobriu uma usina geotérmica em nenhum lugar do mundo e a ameaça em potencial é desconhecida, segundo o chefe da agência estadual de gestão de emergências. Moradores da área temem uma emissão explosiva do fatal sulfeto de hidrogênio e de outros gases se os poços forem rompidos.
A rocha derretida deve continuar a fluir através da usina Puna Geothermal Venture (PGV), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Desde que o vulcão Kilauea iniciou uma erupção em escala que não se via há um século no dia 3 de maio, autoridades fecharam a usina, retiraram 60 mil galões de líquido inflamável e desativaram poços que extraem vapor e gás das profundezas da Terra.
Magma fluiu do lago de lava do pico do Kilauea e seguiu por cerca de 40 km pelo subterrâneo na direção leste, saindo de cerca de duas dúzias de rachaduras gigantes ou fissuras perto da usina.
A instalação de 38 megawatts de propriedade israelense fornece cerca de 25 por cento da eletricidade da maior ilha do Havaí, segundo a prestadora de serviço local Hawaii Electric Light.
A operadora Ormat Technologies disse na semana passada não existir risco para a usina na superfície, mas que terá que esperar a estabilização da situação para avaliar o impacto de terremotos e fluxos subterrâneos de lava nos poços.
Durante o final de semana, houve mais de 250 terremotos no pico do Kilauea e quatro explosões no sábado, disseram autoridades.
Os ventos devem mudar nesta segunda e na terça-feira, provocando concentrações mais elevadas de cinzas e fumaça vulcânicas que se alastrarão para o oeste e o noroeste do Estado afetando áreas mais habitadas, disse o meteorologista John Bravender do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA.
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