Meninos tailandeses presos em caverna enfrentarão passagens estreitas e inundações para escapar
Por Panarat Thepgumpanat e Chayut Setboonsarng
BANGCOC (Reuters) - Equipes de resgate da Tailândia estão decidindo como vão retirar 12 meninos e seu técnico de futebol de um complexo de cavernas inundado, no momento em que o norte do país se prepara para mais chuvas de monção que podem ameaçar a operação de resgate.
Os meninos estão a cerca de quatro quilômetros da entrada da caverna, segundo a Marinha tailandesa, e a cerca de 400 metros da Praia de Pattaya, um ponto elevado dentro do complexo de cavernas de Tham Luang.
Mas antes de o grupo, que está preso desde 23 de junho, poder voltar para casa, terá que enfrentar detritos que obstruem parte da passagem até a entrada da caverna e águas elevadas que podem obrigá-los a usar equipamento de mergulho, apesar de não terem nenhum treinamento prévio.
Muitos perguntam como as crianças podem ser resgatadas se mesmo mergulhadores experientes precisaram de nove dias para alcançá-los.
O complexo de 10 quilômetros de Tham Luang, em Chiang Rai, é relativamente pouco explorado e inclui passagens estreitas e escuras. Antes de os meninos chegarem a um cruzamento em T três quilômetros ao norte da entrada da caverna eles terão que mergulhar ao menos uma vez, disseram agentes de resgate.
"Leva seis horas para chegar onde as crianças estão e cinco horas para voltar (à entrada da caverna)", disse o general Chalongchai Chaiyakum, vice-comandante da Terceira Região do Exército.
Autoridades disseram que de dois a três mergulhadores acompanharão cada membro do grupo.
A Tailândia está no meio da estação de monções, que geralmente termina em meados de outubro. Uma placa na entrada das cavernas alerta os visitantes que elas estão sujeitas a inundações.
Thomas Hester, detetive do Grupo de Reação Especializada da Polícia Federal Australiana, disse haver "áreas altamente inundadas" dentro do complexo de cavernas.
"É muito difícil enxergar, muito difícil se mover dentro desse sistema de escoamento", disse Hester.
Um grande desafio será um ponto de "crise" marcado no mapa da caverna da Marinha tailandesa – uma área onde os agentes de resgate dizem que a caverna mergulha – e detritos, lama e água empoçada, que exigem remoção constante.
Do cruzamento em T à entrada da caverna o nível da água é "administrável" no momento, disse o governador de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
REUTERS PF
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