Liga, da Itália, impede muçulmanos de comprar capela para conversão em mesquita
ROMA(Reuters) - O partido de extrema direita da Itália, Liga, interveio neste domingo para bloquear os esforços de uma associação muçulmana de transformar uma ex-capela de hospital em uma mesquita.
O grupo muçulmano fez a maior oferta na semana passada pela capela, na cidade de Bergamo, no norte do país, durante um leilão organizado pelo hospital local, superando a Igreja Ortodoxa Romena, que tem usado o prédio para seus cultos religiosos.
Mas o projeto provou ter curta duração, com líderes da Liga na rica região da Lombardia, que inclui Bergamo, anunciando que eles iriam suspender a venda usando uma lei de 2004 que permite a eles intervir para salvaguardar sítios culturais.
"Eu nunca colocaria uma igreja à venda e fiquei surpreso que a administração do hospital não tenha se dado conta do quanto este assunto é sensível", escreveu o presidente da Lombardia, Attilio Fontana, um político da Liga, no Twitter.
"Entretanto, nós vamos exercitar nosso direito de primeira negativa (para a venda) e não haverá espaço para nenhum recurso", acrescentou ele.
Sua decisão significa que a região agora precisa comprar a propriedade.
O líder da Liga, Matteo Salvini, fez um alerta no início do ano de que a cultura e sociedade italianas sofriam o risco de serem erradicadas pelo Islã.
"Séculos de história correm o risco de desaparecer se a islamização, que até agora foi submestimada, levar a melhor", disse ele em um comunicado.
Os muçulmanos representam apenas uma pequena minoria na católica Itália, que a Pew Research Centre dizendo que eles vão chegar a 4,9 por cento da população em 2020, contra 3,7 por cento em 2010.
Associações islâmicas reclamam que as restrições de construção locais tornam quase impossível para eles conseguirem licenças para construir mesquitas, significando que eles geralmente precisam usar estruturas como garagens para seus cultos religiosos.
Não houve reação imediata do grupo muçulmano de Bergamo.
(Reportagem de Crispian Balmer)
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