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Centenas de voos são adiados nos EUA à medida que paralisação do governo continua

25/01/2019 16h42

Por Jonathan Allen e David Shepardson

NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - Centenas de voos foram adiados em três aeroportos na área de Nova York e na Filadélfia, nesta sexta-feira, à medida que mais controladores de tráfego alegaram doenças para faltar ao trabalho, em um dos sinais mais tangíveis até agora dos transtornos causados pelos 35 dias de paralisação parcial do governo federal.

A Administração Federal de Aviação (FAA) emitiu nesta sexta-feira uma proibição de decolagem para voos que chegavam ao Aeroporto LaGuardia, em Nova York, a suspendendo cerca de uma hora depois. A falta de funcionários também adiou voos no Aeroporto Internacional Newark Liberty e no Aeroporto Internacional de Filadélfia, segundo a FAA.

Centenas de milhares de funcionários federais foram forçados a tirar licença ou, como no caso de funcionários de aeroportos, a trabalhar sem receber. Algumas agências federais têm reportado taxas de ausência muito maiores entre os funcionários, à medida que eles enfrentam uma espera indefinida por seus salários.

Os atrasos nos voos logo se tornaram um novo ponto crítico no impasse político entre a Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, e o presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, devido à paralisação, causada por uma disputa sobre financiamento para o plano de Trump de construir um muro na fronteira do país com o México.

A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, escreveu no Twitter que a paralisação "já levou centenas de milhares de norte-americanos ao ponto de ruptura".

"Agora, está levando nosso espaço aéreo ao ponto de ruptura também", escreveu, pedindo que Trump "pare de colocar em perigo a segurança e o bem-estar da nossa nação".

A Casa Branca disse que Trump foi informado sobre os atrasos e que está monitorando a situação dos aeroportos.