Netanyahu visita EUA antes da eleição israelense
Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - Com a eleição de Israel marcada para daqui a apenas duas semanas, Benjamin Netanyahu vai poder exibir seus laços estreitos com o presidente norte-americano, Donald Trump, em uma visita aos Estados Unidos dias após Trump apoiar o controle de Israel sobre as colinas ocupadas do Golã.
A reunião do primeiro-ministro com Trump na Casa Branca, na segunda-feira, pode ser ofuscada nos Estados Unidos pela liberação de detalhes de um relatório confidencial sobre a investigação de um possível conluio entre o presidente e a Rússia, durante a campanha eleitoral nos EUA em 2016.
Mas Netanyahu, que enfrenta uma possível acusação em três casos de corrupção e nega qualquer irregularidade, vai explorar para o seu público doméstico o encontro destacando o que ele chama de o mais forte vínculo entre um líder israelense e um presidente norte-americano, na história.
Antes de retornar na quinta-feira da longa viagem planejada, para a etapa final da corrida eleitoral, Netanyahu pode esperar uma calorosa recepção de Trump, junto com a primeira-dama, que também vai organizar um jantar para Netanyahu e sua esposa, Sara.
Trump ajudou a preparar o espetáculo para o seu aliado na quinta-feira, anunciando que havia chegado a hora de reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, território estratégico que Israel tomou da Síria na guerra do Oriente Médio de 1967 e anexou em 1981, em um movimento que não ganhou apoio internacional.
No domingo, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse no Twitter que Trump iria assinar um decreto sobre o reconhecimento, com Netanyahu presente, na segunda-feira.
O movimento do presidente sobre Golã foi amplamente visto em Israel- onde Trump é uma figura popular - como uma tentativa de fornecer um impulso eleitoral para Netanyahu, que pressionou por ainda outra mudança da política de longa data dos EUA em uma das regiões mais voláteis do mundo.
Trump já havia cumprido dois itens principais da lista de desejos de Netanyahu, reconhecendo a contestada Jerusalém como capital de Israel em 2017 e movendo a embaixada norte-americana de Tel Aviv para a Cidade Santa em maio passado.
Essas medidas enfureceram os palestinos, que querem Jerusalém Oriental, também capturada por Israel em 1967, como a capital de um Estado na Cisjordânia ocupada e Gaza. Também os coloca firmemente contra um plano de paz que Washington promete apresentar após a eleição israelense.
"Nunca tivemos uma ligação como essa entre o primeiro-ministro de Israel e um presidente americano", disse Netanyahu, que usou a imagem de Trump em seus cartazes de campanha.
Para Trump, o abraço de Netanyahu ressoa com os evangélicos dos EUA, um núcleo eleitoral importante para o líder republicano, que vai buscar a reeleição em 2020.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.