Após onda de críticas, Rússia assina acordo para libertar baleias em cativeiro
A Rússia assinou um acordo hoje com um grupo de cientistas internacionais para libertar quase 100 baleias que estão contidas há meses em cercados apertados no extremo leste do país, um escândalo que provocou uma onda de críticas.
Imagens das 10 orcas e das 87 belugas, mantidas em cercados em uma baía próxima do porto de Nakhodka, no Mar do Japão, surgiram depois que elas foram capturadas por empresas que planejavam vendê-las a parques aquáticos ou aquários da China no verão passado.
Seu sofrimento revoltou grupos de direitos dos animais e motivou uma petição por sua libertação, compartilhada pelo ator Leonardo DiCaprio em redes sociais, que coletou quase 1,5 milhão de assinaturas pela internet. A atriz Pamela Anderson também publicou uma carta aberta ao presidente russo, Vladimir Putin, em seu site.
O Kremlin interveio e ordenou que as autoridades locais agissem, levando o serviço de segurança russo FSB a apresentar acusações contra quatro empresas por violarem leis de pesca.
Embora o Kremlin tenha concordado em libertar as baleias mantidas em condições cruéis, disse ser difícil soltá-las na natureza selvagem sem feri-las.
Mas hoje, cientistas internacionais, incluindo Jean-Michel Cousteau, filho do especialista marinho francês Jacques Cousteau, assinaram um acordo conjunto com cientistas russos, apoiado pelas autoridades locais, para libertar os mamíferos.
Sua libertação deve ocorrer em etapas.
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