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Jovens judeus europeus enfrentam mais antissemitismo que seus pais, mostra estudo

04/07/2019 20h52

BRUXELAS (Reuters) - Jovens judeus europeus experimentam mais antissemitismo do que seus pais enfrentaram, com um aumento de abusos feitos em e-mails, mensagens de texto, e publicações em redes sociais, de acordo com um estudo da União Europeia publicado nesta quinta-feira. 

Cerca de 44% dos entrevistados no estudo entre 16 e 34 anos de idade sofreram algum tipo de assédio, mais que o dobro da proporção para os que têm mais de 60 anos, de acordo com o levantamento feito pela Agência da UE para Direitos Fundamentais. 

Mais de 80% de judeus de todas as idades disseram ter sentido que o antissemitismo havia crescido na internet nos últimos cinco anos e que cerca de 70% disse ter enfrentado algum tipo de hostilidade em público. 

Outras pesquisas registraram um aumento em ataques antissemitas no Ocidente, responsabilizando a extrema-direita, a extrema-esquerda e outros movimentos populistas. 

A maioria dos entrevistados na pesquisa da UE disse que muçulmanos radicais esteve envolvida no abuso. 

Mais de três quartos dos jovens judeus não relatou incidentes de abusos vindos de autoridades, mostrou a pesquisa. 

A comissária europeia para Justiça, Vera Jourova, prometeu pressionar os Estados-membros para fazer mais para combater o problema. 

"Jovens judeus europeus estão mais expostos a incidentes antissemitas do que seus mais velhos", disse. 

O estudo foi baseado em dados coletados através de uma pesquisa online em maio e junho de 2018, obtida com respostas de 16.395 pessoas consultadas de todas as idades e de 12 países diferentes. 

(Reportagem de Alexandra Regida)