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Em greve, motoristas de caminhões-tanque de Portugal acenam para diálogo com patrões

14/08/2019 17h38

LISBOA (Reuters) - Os motoristas de caminhões-tanque de Portugal atualmente em greve disseram nesta quarta-feira que estão dispostos a conversar com seus empregadores, o que pareceu o primeiro gesto conciliador em uma paralisação industrial que causou racionamento de combustível durante a movimentada temporada turística.

Os caminhoneiros começaram uma greve por tempo indeterminado na segunda-feira, a segunda do ano –em abril a categoria realizou uma ação semelhante e igualmente prejudicial exigindo salários e condições de trabalho melhores.

Cerca de um terço dos postos continuava ou totalmente sem combustível ou parcialmente seco nesta quarta-feira, assim como no dia anterior. O governo ordenou que os caminhoneiros voltassem a trabalhar na noite de segunda-feira depois que os suprimentos acabaram em alguns locais, incluindo o aeroporto de Lisboa.

Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que convocou a greve, disse aos jornalistas que está disposto a negociar com a entidade patronal Antram na quinta-feira, um feriado nacional.

"Estarei lá amanhã para conversar com o doutor André Almeida (da Antram) para que possamos nos sentar à mesa e encontrar uma proposta que satisfaça as duas partes para encerrar este assunto", disse Pardal Henriques.

"Se não pudermos encontrar uma solução para o problema, a tendência é ele se agravar e o caos aumentar."

A Antram não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

A greve mais recente foi adiante depois que conversas de última hora fracassaram no sábado.

(Por Catarina Demony)