Forças Armadas do Peru declaram apoio a Vizcarra após suspensão do Congresso
![23.mar.2018 - Presidente do Peru, Martín Vizcarra, fala após ser empossado no Congresso - Mariana Bazo/Reuters](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/bc/2018/09/18/23mar2018---presidente-do-peru-martin-vizcarra-fala-apos-ser-empossado-no-congresso-1537286712217_v2_900x506.jpg)
Os comandos das Forças Armadas e da polícia de Peru apoiaram o presidente Martín Vizcarra depois que o mandatário ordenou a dissolução do Congresso com o objetivo de renová-lo e de parlamentares de oposição nomearem a vice-presidente como líder interina do país, em um aprofundamento da disputa pelo poder.
Os militares e a polícia mostraram seu apoio na noite de segunda-feira após quase dois terços do Congresso —comandado pela oposição— aprovarem a suspensão temporária de Vizcarra, na pior crise política do Peru em quase duas décadas.
O gabinete da Presidência publicou um tuíte com uma foto de Vizcarra, um político de centro, sentado à mesa com o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas e os comandantes-gerais do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e da polícia, assegurando o apoio.
Vizcarra, que lançou uma campanha anticorrupção, acusa o Congresso de dificultar o trabalho do governo com frequentes interpelações a ministros, além de pressionar pela renúncia de membros do gabinete com o voto majoritário do partido de direita liderado por Keiko Fujimori, ex-candidata à Presidência que está detida enquanto a investigam por lavagem de dinheiro.
Cerca de 86 parlamentares, dentre os 130 membros do Congresso, se negaram a deixar a Casa na noite de segunda-feira e, em uma inesperada sessão, aprovaram a suspensão das funções de Vizcarra por 12 meses devido a "incapacidade temporária".
Pouco depois, os parlamentares da oposição proclamaram a vice-presidente, Mercedes Aráos, como chefe de Estado interina.
A decisão de Vizcarra sobre suspender o Congresso e convocar eleições parlamentares ocorreu logo após os congressistas nomearem um dos membros do Tribunal Constitucional apesar dos avisos do presidente de que suspenderia a Câmara se assim fizessem.
"Diante da negação factual da confiança e em respeito irrestrito à Constituição política do Peru, decidi dissolver constitucionalmente o Congresso e convocar eleições de deputados da República", disse Vizcarra.
Aráoz, antes de assumir o cargo de presidente interina, disse que irá à Organização dos Estados Americanos (OEA) para ajudar o Peru a resolver o "impasse político".
A ação do presidente foi uma resposta à decisão do Congresso de arquivar um projeto seu para avançar nas eleições gerais, a fim de tentar acabar com o conflito entre os dois poderes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.