Bolsonaro diz que governo estuda liberação da exportação de madeira in natura
Resumo da notícia
- Exportação de madeira in natura hoje é algo proibido por lei
- Caso está sendo analisado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse presidente durante evento no Rio
- Bolsonaro afirmou que permissão para exportação de madeira in natura talvez precise de aval do Congresso
- Presidente também falou sobre protestos no Chile e disse que autoridades brasileiras estão atentas para eventuais movimentações no Brasil
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que o governo estuda a liberação da exportação de madeira in natura, o que hoje é proibido por lei.
Segundo ele, o caso está sendo analisado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a permissão para a exportação de madeira in natura talvez precise de aval do Congresso.
"É melhor exportar de maneira legalizada do de que forma clandestina. Talvez uma medida como essa dependa do Parlamento. O Ricardo Salles vai me dar a palavra final na semana que vem", disse ele a jornalistas após participar de evento militar no Rio de Janeiro.
O governo Bolsonaro vem sendo alvo de críticas de ONGs e ambientalistas por causa de sua política ambiental.
O auge das críticas ocorreu nos meses de agosto e setembro, na esteira dos avanços das queimadas no país, especialmente na região amazônica.
Uma mobilização internacional foi feita, com chefes de Estados, artistas e personalidades pregando pela defesa da Amazônia. Até hoje, as cobranças incomodam o presidente brasileiro.
"Primeiro: mudou o governo do Brasil e não tem mais um presidente subserviente a alguns países da Europa. No governo anterior tivemos muito mais picos de focos de incêndio do que tivemos (agora). Foi um campanha insidiosa buscando atingir o governo brasileiro", avaliou o presidente.
"Não estou preocupado em perder aliados. Estou preocupado em não perder o Brasil", acrescentou.
PROTESTOS NO CHILE
O presidente brasileiro manifestou preocupação com avanço de mobilizações populares que começaram no Chile e mais recentemente se estenderam para Bolívia --com a queda do presidente Evo Morales-- e para a Colômbia.
Bolsonaro disse que as autoridades brasileiras estão atentas e preparadas para uma eventual mobilização social por aqui, mas destacou que não há motivos para que movimentos desse tipo se repliquem no Brasil.
"É lógico que a América do Sul é uma preocupação de todos nós, e não gostaríamos que outros países voltassem para o Foro de São Paulo e aqui ninguém quer que andemos nessa direção. Veja a Venezuela", disse.
"Temos que estar preparados para não sermos surpreendidos pelos fatos, mas até o momento não vejo motivo nenhum para que esse movimento venha para cá. Nunca o Brasil viveu uma normalidade democrática como vivemos nesse momento", adicionou.
O presidente disse ainda que os protestos no Chile demonstram "excesso" dos manifestantes. Esses "excesso" foram classificados pelo mandatário brasileiro como atos terroristas.
"O que estou vendo em alguns países há excesso, como no Chile. Aquilo não são manifestações, são atos de terrorismo", afirmou Bolsonaro.
No evento da brigada paraquedista, o presidente fez ainda uma homenagem ao apresentador Augusto Liberato, o Gugu, cuja morte foi anunciada na sexta-feira.
"Fiz a devida reverência a essa pessoa que por décadas fez parte de todas as famílias brasileiras", finalizou.
O presidente afirmou ainda que o número 38 da nova legenda criada por ele, a Aliança pelo Brasil, não é uma alusão ao revólver de calibre 38, mas sim uma referência à sua contagem como 38º presidente do Brasil.
O presidente e seus aliados são defensores da liberação do porte de arma para que a população se defenda contra ações criminosas.
"Se alguém quer associar às armas pega o 12 do PDT, do calibre 12, o 45 e outros números que tem por aí", disse. "(O número) É por conta do trigésimo oitavo presidente do Brasil", acrescentou.
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