'Namastê Trump': líder nacionalista da Índia promove manifestação pela visita do presidente dos EUA
Por Steve Holland e Alasdair Pal
AHMEDABAD, Índia (Reuters) - Donald Trump foi aplaudido por mais de 100.000 indianos na abertura do maior estádio de críquete do mundo nesta segunda-feira, prometendo "um acordo comercial incrível" e "o equipamento militar mais temido do planeta" no seu maior comício no exterior.
Os indianos usavam máscaras de papelão de Trump e chapéus "Namastê Trump" para receber o presidente dos EUA no enorme novo estádio Motera, na pátria política do primeiro-ministro Narendra Modi, a cidade ocidental de Ahmedabad.
Modi, um nacionalista que venceu a reeleição no ano passado e mudou seu país firmemente para a direita com políticas que seus críticos consideram autoritárias e etnicamente divisivas, elogia seu relacionamento com Trump como prova de sua própria posição global.
As autoridades norte-americanas descreveram a visita de Trump como uma maneira de combater a ascensão da China como uma superpotência.
"Vocês fizeram uma grande honra ao nosso país. Vamos lembrar de vocês para sempre, a partir de hoje a Índia sempre ocupará um lugar especial em nossos corações", disse Trump sob aplausos estrondosos.
A Índia é um dos poucos grandes países do mundo em que o índice de aprovação pessoal de Trump está acima de 50%. O país estreitou laços com os Estados Unidos nos últimos anos, à medida que o relacionamento de Washington se tornou tenso com o inimigo da Índia, o Paquistão.
"Enquanto continuamos a construir nossa cooperação em defesa, os Estados Unidos esperam fornecer à Índia alguns dos melhores e mais temidos equipamentos militares do planeta", disse Trump.
Trump disse que os dois países assinarão acordos na terça-feira para vender helicópteros militares no valor de 3 bilhões de dólares e que os Estados Unidos devem se tornar o principal parceiro de defesa da Índia, que contou com equipamentos russos durante a Guerra Fria. A Reuters informou anteriormente que a Índia liberou a compra de 24 helicópteros da Lockheed Martin no valor de 2,6 bilhões de dólares.
(Reportagem adicional de Neha Dasgupta, Euan Rocha em Nova Délhi e Zeba Siddiqui em Agra)
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