Japonesa testa positivo pela 2ª vez para coronavírus
Por Daniel Leussink
TÓQUIO (Reuters) - Uma guia de ônibus turístico no Japão testou positivo para o coronavírus pela segunda vez, informou o governo de Osaka, se tornando a primeira pessoa do país a registrar a doença duas vezes em meio a crescentes preocupações com a proliferação do vírus.
O segundo teste positivo ocorreu quando o número de casos no Japão subiu para mais de 190 nesta quinta-feira, ante 170 no dia anterior.
O governo de Tóquio pediu que grandes reuniões e eventos esportivos sejam adiados por duas semanas para conter o vírus, mas prometeu que os Jogos Olímpicos de 2020 serão mantidos na cidade.
Os mais de 190 casos no Japão não fazem parte dos 704 registrados no navio Diamond Princess, que foi colocado em quarentena em Tóquio no início deste mês.
A mídia local reportou outra morte por coronavírus na província de Hokkaido, no norte do país, elevando o total de pessoas que morreram para oito, incluindo quatro do navio.
Embora seja o primeiro caso conhecido no Japão, também foram relatados segundos testes positivos na China, onde a doença surgiu no final do ano passado.
O surto se espalhou rápida e amplamente, infectando cerca de 80 mil pessoas em todo o mundo e matando quase 2.800, a maioria na China continental.
A mulher, moradora de Osaka, no oeste do Japão, apresentou resultado positivo na quarta-feira após sentir dores de garganta e no peito, informou o governo local em comunicado. Ela testou positivo pela primeira vez no final de janeiro e recebeu alta do hospital após se recuperar em 1º de fevereiro, de acordo com o comunicado.
O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, disse no Parlamento que o governo central precisaria revisar as listas de pacientes e acompanhar as condições dos que receberam alta previamente, enquanto especialistas em saúde analisam as implicações de testes positivos para o vírus após uma recuperação inicial.
"Quando você tem a infecção, ela pode permanecer inativa e com sintomas mínimos, e você pode ter um agravamento se a doença migrar para os pulmões", disse Philip Tierno Jr., professor de microbiologia e patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York.
Tierno acrescentou que ainda há muito desconhecimento sobre o vírus. Quando questionado sobre as perspectivas para os Jogos Olímpicos em Tóquio neste ano, Tierno disse: "A Olimpíada deve ser adiada se isso continuar... Há muitas pessoas que não entendem como é fácil transmitir essa infecção de uma pessoa para outra".
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