Conteúdo publicado há 1 mês

Bombardeios israelenses matam dezenas no Líbano e em Gaza, incluindo porta-voz do Hezbollah

Bombardeios israelenses mataram dezenas de pessoas Na Faixa de Gaza neste domingo (17), informou a Defesa Civil palestina, e também atingiram um edifício no centro de Beirute, capital do Líbano, um ataque que matou o porta-voz do grupo islamista Hezbollah.

Israel luta em duas frentes desde setembro, intensificando os ataques contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, após quase um ano de confrontos na fronteira, enquanto prossegue com a ofensiva contra o Hamas em Gaza.

Os bombardeios israelenses de domingo em Gaza mataram pelo menos 55 pessoas. O ataque com o maior número de vítimas, que aconteceu durante a madrugada em Beit Lahia, no norte do território, deixou 30 mortos, incluindo mulheres e crianças, e dezenas de pessoas presas sob os escombros, afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal. 

"As probabilidades de salvar mais pessoas diminui devido aos disparos de artilharia contínuos", denunciou Bassal.

Israel justificou o ataque com a alegação de que as "atividades terroristas continuam na região de Beit Lahia" e afirmou que, "durante a noite, vários ataques foram realizados contra alvos terroristas".

Outras 26 pessoas morreram em bombardeios no sul - em Rafah e Khan Yunis - e em Nuseirat e Bureij, ambas no centro do território, segundo Bassal

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, anunciou neste domingo que o número total de mortos em mais de 13 meses de guerra chegou a 43.846, a maioria civis, segundo dados do movimento islamista que a ONU considera confiáveis.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 que desencadeou a guerra provocou as mortes de 1.206 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

- Porta-voz do Hezbollah morre em Beirute -

O porta-voz do Hezbollah, Mohamad Afif, morreu em um bombardeio israelense contra um edifício no centro de Beirute, informou à AFP uma fonte das forças de segurança libanesas.

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"O ataque teve como alvo o escritório (do braço sírio no Líbano) do partido Baath. O bombardeio matou o porta-voz de Hezbollah, Mohamad Afif", disse a fonte.

O secretário-geral do braço libanês do partido Baath, Ali Hijazi, confirmou a morte de Afif, segundo a agência estatal libanesa de notícias NNA.

Vários andares do prédio bombardeado desabaram e as equipes de emergência procuravam as pessoas presas sob os escombros, acrescentou a agência.

O Exército libanês denunciou que outro ataque israelense contra uma de suas posições em Al Mari vitimou dois soldados, o que eleva para 13 o número de militares do país mortos em um mês e meio.

Imagens da AFPTV mostraram nuvens de fumaça nos subúrbios ao sul da capital, onde fica o único aeroporto internacional do Líbano, uma área que já havia sido bombardeada.

As forças israelenses também bombardearam a região sul do Líbano, ao longo do rio Litani, e um bairro na cidade de Tiro, próximo das ruínas incluídas na lista de patrimônio da Unesco.

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No leste do Líbano, as autoridades organizaram os funerais para 14 funcionários da Defesa Civil que morreram em um ataque israelense na quinta-feira.

"Não estavam envolvidos com nenhum grupo (armado)... aguardavam apenas para atender os pedidos de ajuda", disse Ali al-Zein, parente de um dos mortos.

As autoridades libanesas afirmam que quase 3.500 pessoas morreram em ataques desde outubro de 2023, mas a maioria desde setembro.

- Risco de fome em Gaza -

Uma avaliação respaldada pela ONU, divulgada em 9 de novembro, advertiu que a fome é iminente no norte de Gaza, em um cenário de aumento das hostilidades e da quase interrupção da ajuda alimentar.

Israel rejeitou um relatório da Human Rights Watch divulgado esta semana que alega que o deslocamento em larga escala de habitantes de Gaza equivale a um "crime contra a humanidade", assim como as conclusões de um Comitê Especial da ONU que aponta práticas de guerra "consistentes com as características de genocídio".

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O Ministério das Relações Exteriores de Israel descreveu como "tendencioso" e "anti-israelense" o relatório do comitê da ONU. 

"O relatório é um exemplo desanimador da transformação da ONU em uma organização utilizada como peão pelos terroristas", afirma um comunicado do ministério divulgado pelo porta-voz da pasta, Oren Marmorstein.

O Papa Francisco mencionou pela primeira vez acusações de "genocídio" em Gaza e pede uma investigação, em um livro que será publicado na terça-feira e que teve alguns trechos divulgados neste domingo na Itália.

"O que está acontecendo em Gaza, que segundo alguns especialistas pareceria ter as características de um genocídio, deve ser examinado cuidadosamente para determinar se (a situação) corresponde à definição técnica formulada por juristas e organizações internacionais", afirma o pontífice no novo livro "A esperança nunca decepciona", que chegará às livrarias de vários países na terça-feira (19).

Em Israel, a polícia anunciou a detenção de três suspeitos depois que sinalizadores foram disparados perto da casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na cidade de Cesareia, ao sul de Haifa. O chefe de Governo não estava na residência.

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© Agence France-Presse

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