Governador processa prefeita de Atlanta para impedir obrigatoriedade de máscaras
Por Daniel Trotta
(Reuters) - Um debate nacional nos Estado Unidos sobre a exigência do uso de máscara para conter a pandemia de coronavírus ferveu no Estado da Geórgia nesta sexta-feira, depois que o governador Brian Kemp processou a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, para impedi-la de obrigar o uso de cobertura facial.
Especialistas de saúde pública vêm exortando os políticos e o público a cobrirem os rostos para ajudar a deter a disseminação das infecções em meio a uma polarização cultural mais ampla na nação.
O presidente Donald Trump e seus seguidores têm resistido a uma aprovação explícita das máscaras e vêm pedindo a retomada da atividade econômica normal depois dos isolamentos decretados para enfrentar a pandemia.
Kemp, um colega republicano e simpatizante de Trump, admitiu nesta sexta-feira que as máscaras ajudariam a retardar infecções e pediu a todos os moradores da Geórgia que as usassem por pelo menos quatro semanas, mas disse que a obrigatoriedade é inexequíveis e sugeriu que prejudicaria a economia.
"A ordem da prefeita Bottoms não pode ser cumprida, mas sua decisão de fechar negócios e prejudicar o crescimento econômico é devastadora", disse Kemp em entrevista.
Trump visitou Kemp em Atlanta nesta semana e se recusou a usar uma máscara, o que a prefeita democrata Bottoms disse ter violado a legislação da cidade.
A ação aberta por Kemp nomeia como ré a prefeita de Atlanta, que é vista como estrela em ascensão no Partido Democrata. A prefeita divulgou neste mês que havia testado positivo para o coronavírus.
O choque de Kemp com Bottoms se desenrolou enquanto a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, anunciou que as escolas públicas de sua cidade, que tem o terceiro maior distrito escolar do país, planeja oferecer ensino presencial e virtual quando as aulas recomeçarem em algumas semanas.
Enquanto autoridades estaduais e municipais se digladiam a respeito das máscaras, distritos escolares de toda a nação anunciam uma variedade de planos de ensino em sala de aula e em casa tendo em vista as exigências do governo Trump da volta às aulas.
Lightfoot anunciou o plano híbrido apesar das objeções do Sindicato de Professores de Chicago, que diz que o ensino em sala de aula não é seguro. Ela convidou os pais a se manifestarem, mas os professores apelaram por aulas remotas.
"Não existe maneira segura de reabrir nada durante a pandemia", disse o presidente do sindicato, Jesse Sharkey, em um comunicado.
(Por Daniel Trotta, Peter Szekely, Rich McKay, Lisa Lambert, Maria Caspani, Gabriella Borter e Andrew Hay)
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