Campo de fronteira dos EUA é fechado, haitianos enfrentam futuro incerto
Por Adrees Latif e Kristina Cooke
DEL RIO, Texas (Reuters) - Um acampamento improvisado na fronteira que incomodava o governo dos EUA foi esvaziado com a retirada de milhares de imigrantes haitianos na sexta-feira, sendo que a maioria permanece nos Estados Unidos por enquanto e outros foram expulsos em voos de deportação ou voltaram ao México.
Testemunhas da Reuters disseram que a movimentação de abrigos e tendas improvisados havia praticamente desaparecido de Del Rio, no Texas, com trabalhadores removendo o entulho restante ao longo da fronteira com o México. Agentes estaduais se posicionaram nas margens do Rio Grande para desencorajar novas travessias.
O secretário do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, disse que quase 30.000 imigrantes foram encontrados em Del Rio nas últimas duas semanas e que pela manhã não havia mais nenhum no campo.
Mayorkas prometeu uma investigação rápida sobre imagens "horríveis" que geraram indignação nesta semana, mostrando um guarda de fronteira a cavalo usando as rédeas para conter imigrantes haitianos.
"Sabemos que essas imagens evocaram dolorosamente os piores elementos da batalha contínua de nosso país contra o racismo sistêmico", disse ele em entrevista coletiva.
Mais de 12.000 imigrantes terão a chance de apresentar seu caso em busca de proteção perante os juízes de imigração dos EUA, cerca de 8.000 retornaram voluntariamente ao México e 2.000 foram deportados para o Haiti. O destino dos outros detidos ainda será decidido.
Buscando equilibrar a indignação com o tratamento dispensado aos imigrantes, o prefeito de Del Rio, Bruno Lozano, elogiou os agentes por tentarem fornecer alimentos e atendimento médico e disse que não houve mortes.
Na sexta-feira, a Reuters informou que a Organização Internacional para as Migrações (OIM) solicitou formalmente ao Brasil que recebesse alguns dos haitianos do campo, segundo duas fontes com conhecimento do pedido.
Muitos dos haitianos que chegam à fronteira com os EUA já moraram no Brasil e no Chile, enquanto outros passaram países sul-americanos.
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