Petrobras encerra sem êxito negociações com Ultrapar para venda da Refap
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta sexta-feira que finalizou sem êxito as negociações junto à Ultrapar Participações para a venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.
"Apesar dos esforços envidados por ambas as empresas nesse processo, certas condições críticas não tiveram êxito para um acordo, optando-se pelo encerramento das negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes", disse a Petrobras.
A companhia disse que iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria, que possui capacidade para processar cerca de 200 mil barris por dia.
A Petrobras havia anunciado em janeiro que a Ultrapar liderava as negociações para compra do ativo, mas três pessoas próximas às conversas disseram à Reuters na ocasião que a estatal vinha tentando fazer com que o conglomerado aumentasse sua oferta.
Analistas do Credit Suisse disseram que o encerramento do processo é negativo para a Petrobras, indicando que a falha em desinvestir de refinarias aumenta os riscos de precificação "downstream".
"É marginalmente negativo para a Ultrapar, já que a empresa perde aquele potencial catalisador, mas também reduz o risco", acrescentaram os analistas em nota.
A Petrobras colocou oito refinarias no mercado como parte de um amplo programa de desinvestimentos, tendo assinado os contratos para as vendas das refinarias Landulpho Alves (Rlam) para a Mubadala e Isaac Sabbá (Reman) para a Ream Participações.
Antes da Refap, a empresa já havia interrompido os processos para venda das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), diante de ofertas consideradas excessivamente baixas, e Abreu e Lima (Rnest), que não recebeu propostas das companhias interessadas.
Segundo a Petrobras, os processos competitivos para venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, continuam em andamento.
(Por Roberto Samora e Gabriel Araujo)
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