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PSB desiste de federação com PT, mas deve se coligar para eleição presidencial

20.jan.22 - Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira, em reunião anterior sobre federação partidária - Dinho Souto/PSB
20.jan.22 - Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira, em reunião anterior sobre federação partidária Imagem: Dinho Souto/PSB

Lisandra Paraguassu

09/03/2022 19h40

Depois de semanas de discussão, o PSB optou por ficar fora da federação com PT, PCdoB e PV, mas deve manter uma coligação na eleição nacional e em alguns Estados.

Depois de mais uma reunião entre os quatro partidos, nesta quarta-feira, o PSB optou por não fazer parte da associação de partidos.

"Em resposta ao atual momento político, o PT, o PCdoB e PV decidem caminhar para constituir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação", diz a nota divulgada pelos quatro partidos.

Com dificuldades internas para um acordo em que teria que ceder espaço nas decisões partidárias para o PT —que por ser maior ocuparia o maior número de cadeiras na assembleia da federação— o PSB optou por ficar fora de um acordo que o amarraria ao PT nos próximos quatro anos.

"São partidos com culturas diferentes que não estão preparados para andar juntos nesse momento", disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

A decisão do partido afeta diretamente a intenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir uma bancada robusta de apoio em uma eventual eleição.

Siqueira e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, garantem, no entanto, que a decisão dos socialistas não altera a intenção de uma frente a ser formada contra o presidente Jair Bolsonaro. Em vez de uma federação, será uma coligação nacional, com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice na chapa presidencial.

Segundo Gleisi, o fato de não haver uma federação não impede a candidatura de Alckmin a vice, uma escolha do ex-presidente.

A filiação do ex-governador ao PSB, acertada no início desta semana, deve ser oficializada no próximo dia 20, em São Paulo.

Os dois partidos devem ainda ter coligações regionais, já acertadas, no Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco. Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo continuam em discussões.

"Isso (a falta de acordo sobre federação) não afasta as discussões de alianças estaduais. Achamos que são importantes e quanto mais juntos estivermos, melhor", disse a presidente do PT.