Cientista russo morre dois dias após prisão por traição ao Estado, diz advogado
Por Mark Trevelyan
LONDRES (Reuters) - Um cientista russo que foi preso na Sibéria na semana passada por suspeita de traição ao Estado e voou para Moscou apesar de sofrer de câncer pancreático avançado morreu, disse seu advogado à Reuters neste domingo.
O cientista, Dmitry Kolker, havia sido levado para a prisão Lefortovo de Moscou, disse o advogado Alexander Fedulov.
"Ele morreu ontem. Amanhã apresentaremos uma queixa sobre sua detenção", disse ele.
A família de Kolker disse na semana passada que ele havia sido levado de um hospital na cidade siberiana de Novosibirsk, onde estava sendo alimentado por sonda, e colocado em um vôo para Moscou por autoridades do serviço de segurança FSB.
Kolker era doutor em física e matemática. A família disse que ele havia sido acusado de colaborar com os serviços de segurança na China, onde ele havia dado palestras científicas anteriormente. Eles alegaram sua inocência.
No sábado, a agência de notícias estatal TASS disse que a Rússia havia detido um segundo cientista em Novosibirsk por suspeita de traição ao Estado. Não estava claro se os dois casos estavam ligados.
Vários cientistas russos foram presos e acusados de traição nos últimos anos por supostamente terem passado material sensível a estrangeiros. Críticos do Kremlin dizem que as prisões muitas vezes se originam de uma paranóia infundada.
A traição ao Estado é punida com até 20 anos de prisão.
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