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EUA pedem libertação de repórter do WSJ e Rússia vê politização do caso

Uma foto tirada em 24 de julho de 2021 mostra o jornalista Evan Gershkovich - DIMITAR DILKOFF/AFP
Uma foto tirada em 24 de julho de 2021 mostra o jornalista Evan Gershkovich Imagem: DIMITAR DILKOFF/AFP

02/04/2023 15h20

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu a libertação do repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, que a Rússia acusa de espionagem, para o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. O pedido foi feito durante uma ligaçõ neste domingo.

Lavrov respondeu que Washington não deveria politizar o caso. O serviço de segurança da Rússia, o FSB, divulgou na quinta-feira a prisão de Gershkovich, acusando-o de coletar informações sobre uma empresa de defesa russa que eram segredo de Estado.

O Wall Street Journal negou que Gershkovich estivesse espionando. A Casa Branca classificou como "ridícula" a acusação de espionagem, que acarretaria uma pena de prisão de até 20 anos.

"O secretário Blinken transmitiu a grave preocupação dos Estados Unidos com a detenção inaceitável de um jornalista cidadão norte-americano pela Rússia. O secretário pediu a libertação imediata dele", disse o Departamento de Estado dos EUA em comunicado que não mencionou o nome de Gershkovich.

Uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que a declaração se referia mesmo a Gershkovich. De acordo com a lei dos EUA, o Departamento de Estado geralmente é proibido de falar nominalmente sobre um cidadão norte-americano, a menos que ele ou ela tenha assinado um termo de renúncia de privacidade.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que Lavrov afirmou a Blinken que é inaceitável que Washington politize o caso, acrescentando que o destino de Gershkovich será determinado por um tribunal.

Ele reforçou a afirmação do governo russo, sem ter apresentado nenhuma prova, de que o jornalista foi "pego em flagrante" na semana passada.