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"Esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente", diz Bolsonaro sobre julgamento do TSE

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala com a imprensa ao deixar o Senado Federal em Brasília em 21 de junho de 2023 - MATEUS BONOMI/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala com a imprensa ao deixar o Senado Federal em Brasília em 21 de junho de 2023 Imagem: MATEUS BONOMI/ESTADÃO CONTEÚDO

Ricardo Brito

29/06/2023 10h34

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quinta-feira que considera o julgamento que enfrenta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um processo político, no qual a esquerda estaria buscando disputar a eleição de 2026 "sem concorrente" para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "por aclamação".

"A esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente, WO aparentemente", disse Bolsonaro antes de o TSE iniciar o terceiro dia do julgamento, ao acrescentar que, "sem concorrente à altura, seria eleger o Lula por aclamação".

O ex-presidente destacou que quer disputar as eleições em 2026.

As declarações de Bolsonaro, que disse que não vai acompanhar a sessão desta quinta do julgamento, ocorreram pouco antes de ele embarcar de Brasília em um voo para o Rio de Janeiro.

A fala ocorreu horas antes de o TSE retomar julgamento que pode retirar o direito dele de concorrer a cargos eletivos até 2030, em ação apresentada pelo PDT que alega abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por Bolsonaro por ter promovido, quando presidia o país em julho passado, uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eletrônico de votação.

O ex-presidente repetiu que não cometeu qualquer tipo de crime ao promover a reunião e pediu novamente que haja um julgamento justo do tribunal eleitoral. Disse esperar que o ministro Nunes Marques, indicado por ele para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que integra o TSE, julgue de forma isenta.

"Tenho certeza que ele vai ser isento e fará o que for possível para dizer que não cometi nenhum crime na reunião com embaixadores", afirmou. "É uma injustiça comigo, me aponte algo concreto que fiz contra a democracia, joguei dentro das quatro linhas."