Busca republicana por novo líder na Câmara dos Deputados dos EUA volta à estaca zero

Por David Morgan e Katharine Jackson

WASHINGTON (Reuters) - Os parlamentares republicanos da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, cujas brigas internas têm paralisado a Casa há três semanas, reiniciarão nesta segunda-feira os esforços para tentar escolher um novo líder e atender às necessidades de financiamento para Israel, Ucrânia e o governo federal.

As disputas entre radicais e moderados levaram à destituição do ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy, em 3 de outubro, e inviabilizaram as candidaturas de dois possíveis sucessores: o líder da maioria, Steve Scalise, e o proeminente conservador Jim Jordan.

O vácuo na liderança tem impedido as atividades do Congresso, que enfrenta o prazo de 17 de novembro para evitar a paralisação do governo, prorrogando o financiamento de agências federais, e uma solicitação do presidente Joe Biden por ajuda militar a Israel e Ucrânia.

"Esta é provavelmente uma das coisas mais embaraçosas que já vi", disse o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o republicano Michael McCaul, ao programa "This Week" da ABC no domingo. "Estamos essencialmente fechados como governo".

A tarefa de escolher um novo candidato republicano para o cargo de presidente da Câmara começa novamente nesta segunda-feira às 19h30, no horário de Brasília, quando nove candidatos declarados comparecerão a um fórum de candidatos a portas fechadas.

McCarthy endossou o membro da liderança do partido Tom Emmer, enfatizando sua experiência em trabalhar para reunir votos em legislações importantes desde janeiro, quando os republicanos conquistaram a maioria na Câmara.

"Este não é o momento de aprender no trabalho", disse McCarthy ao programa "Meet the Press" da NBC, embora tenha acrescentado: "Será uma batalha difícil."

Com uma maioria estreita de 221 a 212 assentos na Câmara, não está claro se algum republicano conseguirá obter os 217 votos necessários para reivindicar o cargo.

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Qualquer candidato indicado pela conferência do partido pode se dar ao luxo de perder não mais do que quatro votos republicanos na votação no plenário da Câmara, e o partido está dividido em relação a cortes de gastos, financiamento para Ucrânia e outras questões controversas.

Sete dos nove novos candidatos a presidente da Câmara - Jack Bergman, Byron Donalds, Kevin Hern, Mike Johnson, Dan Meuser, Gary Palmer e Pete Sessions - votaram para anular a derrota de Donald Trump em 2020 para o presidente Joe Biden, no dia em que os apoiadores do ex-presidente atacaram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Os dois candidatos restantes, Emmer e Austin Scott, não votaram para bloquear a certificação dos resultados da eleição.

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