Líder regional da Moldávia vai a Moscou, e presidente teme por desestabilização

Por Alexander Tanas

CHISINAU (Reuters) - A chefe da região da Gagaúzia, na Moldávia, pediu nesta sexta-feira à Rússia, de quem é aliada, que o país ofereça seu apoio e mantenha laços com a região, após a presidente do país -- que é pró-União Europeia -- dizer que Moscou tenta desestabilizar a nação.

A governadora da Gagaúzia, Eugenia Gutul, encontrou-se com a presidente da Câmara Alta do Parlamento russo e acusou o governo de Chisinau de "oprimir" os direitos do povo na região, localizada ao sul do país.

"Queremos continuar recebendo apoio da Federação Russa", disse ela a Valentina Matviyenko, uma das mais importantes congressistas da Rússia, em vídeo publicado pela agência de notícias russa RIA. Ela pediu o estabelecimento de voos diretos com Moscou.    Gutul foi eleita no ano passado como governadora da Gagaúzia, região de maioria étnica turca. A votação teve acusações de irregularidades por parte de Chisinau, que disse estar investigando o pleito.    O governo tem tentado evitar Gutul, aliada de Ilan Shor, empresário pró-Rússia exilado e condenado por fraude na Moldávia. Ele fundou um partido político que foi proibido e punido pelos Estados Unidos como sendo um agente russo.    Na quarta-feira, autoridades da Transnístria — uma grande região que fala russo no leste do país — também apelou por ajuda a Moscou, dizendo que o governo estava sufocando a sua economia.

A Transnístria, que tem uma guarnição de tropas russas, há tempos é vista como um possível ponto de conflito.    Na quinta-feira, a presidente pró-Ocidente Maia Sandu disse que a Rússia usa a região para pressionar a Moldávia, um ex-Estado soviético espremido entre a Ucrânia e a Romênia, que tenta uma adesão à União Europeia e à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Ela acusa Moscou de tentar desestabilizar a nação.

(Redação de Tom Balmforth)

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