Doze partidos da Moldávia firmam pacto pró-Europa apesar de divisão sobre presidente
Por Alexander Tanas
CHISINAU (Reuters) - Doze partidos na Moldávia firmaram um pacto neste domingo, se comprometendo a agir em favor da adesão do ex-Estado soviético à União Europeia, enquanto esquenta a campanha para um referendo em outubro sobre a integração europeia.
Mas nem todos os partidos apoiam a presidente pró-europeu Maia Sandu, que concorre à reeleição numa votação que ocorre paralelamente ao referendo. Alguns deles pretendem apresentar um candidato conjunto para concorrer com ela.
O referendo de 20 de outubro coloca Sandu e as forças pró-europeias contra um grupo de partidos pró-Rússia díspares que já realizam manifestações com o slogan "Não à UE".
O acordo de domingo foi assinado pelo Partido de Ação e Solidariedade (PAS) de Sandu, que detém a maioria no parlamento num dos países mais pobres da Europa, situado entre a Ucrânia e a Romênia.
Mas os iniciadores do pacto -- quatro partidos apelidados conjuntamente de "Juntos" -- acusam Sandu de "privatizar" a integração europeia ao confiar apenas no seu partido PAS.
O grupo, que as sondagens mostram que poderia garantir votos suficientes para ganhar assentos no parlamento, apela a Sandu para demitir seu governo e trazer outros partidos pró-europeus para a administração.
Com os partidos pró-Rússia promovendo uma campanha organizada pelo "não" na campanha do referendo, os analistas dizem que a chave é reunir apoio para a integração na UE no plebiscito, sem dedicar demasiada atenção às hipóteses de reeleição de Sandu.
(Reportagem de Alexander Tanas)
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